Localização: Leste do Estado de São Paulo - Vale Histórico
Ext. Territorial: 153,7 km²
Altitude: 510 metros
Habitantes: 2.524
Hidrografia: Rio Alambary, Rio do Capitão Mor, Rio Ipiranga.
Limites: São José do Barreiro, Bananal e Resende.
Distâncias: São Paulo - 296 km
Rio de Janeiro - 150 km
Queluz - 67 km
São J. do Barreiro - 30 km
Bananal - 17 km
Barra Mansa - 41 km
Resende - 35 km
Temperatura: Entre 14° C e 27° C
Clima: Temperado
O peixinho prateado
A cidade teve sua origem na época das Capitanias Hereditárias, com o nome de Alambary, o peixinho cor de prata. Era mais um pouso de tropa no Vale Histórico. Com a criação do Caminho Novo do Norte da Piedade, no século XVIII, para ligar São Paulo ao Rio de Janeiro, o local começou a prosperar como pouso. Em 1862, Antônio Afonso de Carvalho doa um alqueire de terra no local para a construção da capela em louvor a Santo Antônio, concluída somente em 1864. Neste período o café trouxe riqueza para a economia local.
Em 1891, torna-se distrito de Bananal, mas um ano depois é extinto.
Em 30 de novembro de 1944, através de lei estadual, volta a se tornar distrito recebendo o nome de Arapeí, “pequeno caminho para o céu”, pertencendo a Bananal.
Teve sua época áurea com a fábrica de barbantes, contando com uma usina hidroelétrica - em funcionamento até hoje.
Em maio de 1991, acontece o plebiscito que aprova a criação do município de Arapeí. Em 30 de dezembro de 1991, é oficializado município e a instalação acontece em 1 de janeiro de 1993, com a posse do novo prefeito. A partir de então, a cidade trabalha para seu crescimento econômico, apostando na causa turística.
A cidade natureza
Um pequeno município, emoldurado pela Serra da Bocaina, marca o visual do lugar. A primeira pedida é andar pelas pequenas ruas, visitando a Praça Alambary, que convida a uma parada para um sorvete. Ali próximo, procure o Espaço Arte da Gente, para compras de artesanato e doces típicos.
É visita obrigatória a Igreja de Santo Antônio, que tem estilo mourisco em sua decoração interna, totalmente preservada. A parte externa ganhou recentemente uma torre. Faça uma visita ao morro do cruzeiro, de onde pode-se observar a cidade.
Mas o melhor programa mesmo é ir para o lado da Serra da Glória. Ali tem opções de visita à antiga Usina do Capitão Mor, ainda produzindo energia, que foi construída em meados do século passado para fornecer energia para a fábrica de barbantes, atualmente desativada. A Usina usa a imensa queda d´água da cachoeira local, que tem mais de 80 metros. No mesmo local está a Gruta do Alambary, cuja visitação está suspensa.
No caminho, observe a beleza da pedra do Caxambú que tem trilha para escaladores, mas poucos se aventuram em subir suas escarpas. No mesmo maciço, pode-se observar a Pedra do Seio.
A chegada ao local é feita somente a pé, ou de veículo 4x4, mas todo cuidado é bom. As visitas são somente com guias e autorização através da Secretaria de Turismo da cidade.
Para relaxar, vale um passeio ao Balneário Monte Alegre, local com área para camping, churrasqueira e campo de futebol. Tem cachoeira com poço para banho. O barzinho fornece comida nos finais de semana.
O passeio pela pequena Arapeí pode terminar com um almoço típico no Sítio da D. Licéia, um local simples, mas que é considerado por publicações especializadas um dos melhores sabores do Brasil.
Também no caminho do café, Arapeí teve várias fazendas dessa época. Muitas sucumbiram ao tempo, mas ainda restam parte das fazendas São Luiz e São Francisco. A Rialto, uma das mais importantes da cidade, tinha em sua decoração várias obras do pintor Villaronga, mas o tempo acabou com elas. O prédio está sendo restaurado em sua originalidade, mas não recebe visitas.
Fazenda Loanda - Localizada ao pé da serra, tem praias no ribeirão, trilhas e cachoeira.
Tem ainda as instalações de alambique centenário que produzia uma das melhores cachaças da região. Recebe visitas com reservas. Fica na Estrada da Graúna, km 6. Fazenda São Francisco - Mantém restos de senzala, do tempo do ciclo do café. Recebe visitas com reservas. Estrada dos Tropeiros, km 293, próximo a Pousada da Mata.
Escondidos nas pequenas ruas da cidade, podemos encontrar ainda simples artistas com grandes artes.
O Espaço Arte da Gente tem para venda objetos de decoração, presentes, crochê em barbante e bordados. Tudo feito pelas mulheres da cidade.
Figura das mais conhecidas, o Seu Zeca do Canivete continua sua “fábrica de automóveis” usando apenas o bambu como matéria prima. Há cinquenta anos ele constrói seus carros, tudo feito no canivete. Sua arte não tem preço, pois não vende a ninguém. Algumas peças levam até um ano para ser terminada. Gosta de fazer e expor a quem o visita em sua casa, onde vale um bom papo sobre as histórias da cidade.
Seu Geraldo é um dos profissionais que persiste em continuar a tradição de seleiro, labuta que começou desde menino. Em um pequeno cômodo, prepara cangalhas, arreios e selas ou simplesmente conserta o que aparece. Atende interessados de toda a região e até do Rio de Janeiro.
No Bairro Campo Alegre, à beira da Estrada dos Tropeiros, está um dos redutos de arte mais procurados da cidade. No Sítio Rancho Verde, fica a oficina do casal Renata e Eduardo (também conhecido como Playboy). Os dois dedicam a vida a criar peças artísticas com madeira ecologicamente correta. Começaram com pequenas peças decorativas e atualmente fazem móveis e grandes peças utilitárias para residências. Atendem encomendas ao gosto do cliente no local e em uma loja em Bananal, com exposição dos trabalhos.