Localização:
Sub-região nordeste da Grande São Paulo, entre a Zona do Alto Tietê e Vale do Paraíba.
Extensão Territorial: 97,7 km2
Altitude: 755 m
Habitantes: 74.905
Hidrografia: Jaguari, Parateí, Buquirivu-Guaçu
Limites: Santa Isabel, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Guarulhos
Rodoviária.......................(11)3235-0322
Forum..................................(11) 4655-2175
Delegacia...........................(11) 4655-3111
Pronto Socorro................(11) 4655-2930
Polícia Militar...................(11) 4655-2871
Distâncias:
São Paulo - 30 km
Temperatura: média anual de 18º C
Clima: Sub-Tropical
Arujá surgiu com um simples traçado de uma estrada vicinal, que saía da Praça da Sé, passava pelo Brás, Penha, Guarulhos, Bonsucesso, Arujá até chegar ao Rio de Janeiro.
Esta estrada era usada por tropeiros que viajavam sentido Vale do Paraíba - Rio de Janeiro. Estes tropeiros eram conhecidos como “faisqueiros”, que eram os responsáveis pelo contato com os índios, extraíam ouro do Rio Jaguari, levando-o para Bonsucesso e de lá para Guarulhos.
Arujá, no período anterior a 1700, exibia sua flora e fauna mantidas em seu “habitat” natural. Em 1781, instala-se a capela em louvor ao Senhor Bom Jesus, mas só foi capela curada em 1839.
Em 8 de junho de 1852, é elevada a Freguesia de Paz, pertencendo ainda ao município de Mogi das Cruzes.
O passo decisivo de seu desenvolvimento, pois servia de fonte de energia industrial e doméstica para São Paulo, em sua fase de urbanização.
A extração desordenada de produtos vegetais contribuiu com a primeira devastação vegetal na região.
Enquanto isso, os próprios canteiros de assentamento das “carvoeiras” transformaram-se em moradias, inserindo grandes manchas de plantações de subsistência. Em conOuro na trilha dos tropeiros sequência disso, deu-se a origem de maiores fazendas: cafeeiras, açucareiras, etc., contribuindo para o aparecimento das primeiras manchas urbanas, caracterizando um núcleo de comunidade que se concentrava na antiga estrada vicinal denominada Arujá-Bonsucesso, também conhecida como estrada São Paulo-Rio. Naquele período de povoamento no trecho compreendido ao lado da Igreja Senhor Bom Jesus de Arujá, logo suas margens foram edificadas, permanecendo assim até a década de 50 do século XX.
Somente em 1959, Arujá foi elevada a condição de município, época em que surgiram os primeiros loteamentos, e em 1974 os primeiros condomínios. Manchas urbanas estabeleceram-se até a década de 80.
Outros empreendimentos envolveram a orla central da cidade tendendo para a direção norte e leste, sendo que esses loteamentos pertenciam a classe mais popular. Este avanço limitou-se no divisor de mananciais e nas superfícies íngremes, limitada esta orla por uma barreira física. Atualmente, além do crescimento industrial a cidade é um dos destinos dos paulistanos para descansar nos finais de semana.
Dentre as várias explicações para o nome da cidade de Arujá, uma prevaleceu. A versão de Teodoro Sampaio explicando que o nome quer dizer “abundantes peixinhos barrigudinhos ou guarus”.
Hoje já não se pesca mais nos rios e ribeirões do município, mas, pescam-se outros peixes, do Brasil todo, nos pesqueiros da cidade.
Flores - Há muitos anos, Arujá tem uma grande concentração de produtores de flores, principalmente integrantes da colônia japonesa. Eles estão agrupados na Associação dos Floricultores da Região da Dutra.
Desde 1991, a entidade realiza a Expo Aflord, que acontece em agosto e setembro na sede da Associação.
Além da exposição e venda de centenas devariedades de flores, o evento realiza também o Concurso de Flores, onde são avaliadasas qualidades dos produtos.
O evento tem ainda uma programação deshows da cultura japonesa durante os dias de semana. São expostas milhares de flores, distribuídas em uma área coberta de 2 mil m². Os visitantes ainda podem degustar diferentes alimentos, incluindo, é claro, a culinária japonesa em uma diversificada praça de alimentação.
Escondidas por entre os prédios, avenidas modernas e o comércio fervilhante, Arujá esconde algumas raridades da história da região da Grande São Paulo.
Essas raridades são as diversas capelas, alguma com mais de cem anos, que ainda preservam sua arquitetura e relembram histórias antigas da cidade. Quem dedicou um estudo recente sobre as capelas, foi o historiador Afrânio Barreto, que também publicou um livro sobre a história da formação da cidade.
Começa pela própria Igreja Matriz de São Bom Jesus, que apesar das reformas ainda conserva sua importância religiosa.
Conta ainda a tradição que foi construída uma orada para abrigar a imagem. Por várias vezes a imagem foi retirada da orada e levada para fazendas próximas. Por milagre, segundo a crença dos moradores, ou arrependimento dos fazendeiros, a imagem sempre retornava para a orada.
Foi então que sitiantes da região, impressionados com o fato e sua repercussão, passaram a acreditar que a imagem queria que fosse construída uma capela naquele lugar. Esta foi então construída por escravos, na mesma época. Em 1876 um fazendeiro local doa as terras para a construção do templo. Mas em 1865 já aparece em referência na Câmara local.
A Igreja da Penha também tem sua história, pois ficava bem na beira do caminho de quem ia pra Minas Gerais. Era um dos locais de parada dos tropeiros e viajantes. Sua história remonta a 1853. No mesmo século, o local ganhou uma pequena capela, em homenagem a Santa Cruz e São Roque, para atender aos escravos. Por divergência de famílias que moravam no local, outra capela em homenagem a São Benedito foi construída bem próxima. Assim, em menos de 100 metros, ainda pode-se ver as três capelas. Os prédios são ainda os originais da época. As famílias não tem mais divergências e se unem para as festas de ano de cada capela.
Na cidade, temos a Igreja de São Benedito, construída em 1957. Na Vila Pedroso, a capela em louvor a Santo Antônio, construída em 1940. No centro, na Rua Major Benjamim Franco, a capela em louvor a Santa Luzia, construída no início do século XIX. Na mesma rua, a capela de Santa Catarina, construída por volta de 1930. No bairro do Bonsucessinho, fica a capela onde se realiza todos os anos a tradicional festa da Carpição Segundo o pesquisador Afrânio Barreto essas capelas ainda conservam os três degraus a frente da porta que simbolizam o “em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo”.
A cultura regional ainda permanece na cidade, enfrentando tudo o que há de moderno. A Folia de Reis sobrevive, com festejos todo o ano na Igreja São Benedito.
A Dança de São Gonçalo tem três baluartes. Arnaldo Rodrigues, Benedito Rodrigues e Luiz Bueno formam um trio que se apresenta em várias festas. Benedito, ao mesmo tempo que afirma que a tradição irá acabar, confirma que é chamado dezenas de vezes para fazer a dança, principalmente por pessoas que vão pagar promessas para o padroeiro dos violeiros.
Artesanato - Vários artesãos da cidade continuam fazendo seus trabalhos, que são vendidos na Feira do Artesanato, que acontece aos domingos na Praça do Coreto.
Sabores - A culinária típica ficou escondida nas residências. Mas o milho tem locais que preparam os derivados. Na rodovia Presidente Dutra, que corta o município, três casas especializadas vendem os produtos de milho, como pamonha, curau, sorvete, suco e bolos. Um deles, o Rancho da Pamonha, um dos mais antigos da região. Há ainda os sabores à base de farinha de milho, como o pastel de angu e a paçoca de carne-seca.
Algumas casas, chamadas do Norete, servem pratos como a buchada, rabada e galinha. Esses locais são muito frequentados no final do dia, principalmente por nordestinos, quando as pessoas se reunem para um papo, um salgado e uma boa cachaça.