Localização:
A cidade fica a Leste, Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Altitude: 579 m
Hidrografia:
Rio Paraíba do Sul.
Extensão Territorial: 262 km²
Habitantes: 25.844
Limites: Salesópolis, Biritiba Mirim, Santa Isabel, Jacareí, Santa Branca e Mogi das Cruzes.
Distâncias
São Paulo - 75 km
Mogi - 25 km
Jacareí - 21 km
Santa Branca - 19 km
Rio de Janeiro - 450 km
Temperatura:
Mínima 9º Máxima 36º
Clima: Semi-úmido e temperado
No topo de uma colina circundada por montanhas e aldeamento de índios, foi fundado em meados do século XVI, por Gaspar Vaz, Capitão Mor de Mogi das Cruzes, o aldeamento que se tornou mais tarde Arraial da Escada. Com o crescente progresso, foi o Arraial da Escada elevado à Freguesia da Escada pela Lei nº 09, de fevereiro de 1846. Porém, esse fato foi revogado pela Lei nº 06, de 23 de maio de 1850, pois o Arraial teve atrofiada sua propriedade em consequência da atração exercida pelos outros vizinhos.
Só em 1872, pela Lei nº 01, de 28 de fevereiro, foi definitivamente elevado a Distrito de Paz. Como vigário da nova paróquia que surgia, veio o Padre Miguel Piement. A 3 de julho de 1872 a capela Nossa Senhora da Escada foi instituída canonicamente, e hoje faz parte do Patrimônio Histórico Nacional, estando em restauro. Em 1875, Dona Laurinda de Souza Leite, a fim de auxiliar uma ex-escrava, Maria Florência, fez-lhe doação de um quinhão de terra situado às margens do Rio Paraíba, em lugar plano, distante 6 km do Arraial da Escada, pouco acima do ribeirão Guararema. Levada por sentimentos religiosos, Maria Florência deliberou construir, numa parte do terreno recebido, uma capela para o santo padroeiro de sua devoção, São Benedito.
Aos poucos foram se estabelecendo outros moradores nos arredores da capela, formando-se um vilarejo, que recebeu o nome de “Guararema” (do tupi-guarani - Pau D´ Alho), devido à abundância dessa árvore naquela região.
Em julho de 1876, inaugurou-se o trecho da linha férrea da E.F.C.B entre Mogi das Cruzes e Jacareí, com passagem pela Vila. Assim, desenvolveu-se rapidamente, e, por Decreto de 8 de janeiro de 1890, a sede do Distrito de Paz da Escada foi transferida para o povoado de Guararema, que foi elevado à categoria de Município pela Lei nº 528, de 3 de julho de 1898, e como tal instalada a 19 de setembro de 1899.
Em 23 de setembro de 1899, foram realizadas eleições dos Poderes Municipais, sendo presidente o Major Paulo Lopes e Vice-Presidente Joaquim Paião.
Com a construção da Rodovia Dutra, na década de 50, a cidade ficou estagnada, ressurgindo no final do século XX como um dos pontos turísticos do paulistano.
Quem vai passear pelas terras de Guararema não pode deixar de visitar marcos importantes da colonização do Brasil.
No início da colonização, um dos primeiros caminhos a ligar São Paulo ao Rio de Janeiro passou pela Freguesia da Escada, onde formou-se um pouso para os viajantes. O local ficou conhecido também pelo nome de “cotovelo de Guararema”, devido ao rio Paraíba do Sul mudar completamente seu curso para descer em direção ao Rio de Janeiro.
Sua formação é datada de 1611, quando Gaspar Vaz fundou o primeiro aldeamento. Entregue aos jesuítas em 1625, surge a primeira capela em 1652. Em 1732 o prédio é demolido e, sob o comando dos Franciscanos, que assumem a direção do Arraial da Escada, constroem a nova igreja e um convento ao lado, que permanecem até hoje, sendo uma das mais antigas do Estado.
O Arraial da Escada, que depois ganhou o título de Freguesia, representa a formação do próprio município de Guararema. Situado 3,5 km do centro da cidade, a igreja resistiu à ação do tempo, passou por reformas e ampliações, até ser tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, no dia 25 de janeiro de 1941.
Em 1982, a Igreja passou por uma reforma definitiva, quando foi construída a praça em frente. Atualmente está sendo finalizada a restauração pelo Patrimônio Histórico.
A festa de Nossa Senhora da Escada acontece em novembro, com a presença de religiosos de todo o Brasil. No centro do altar está enterrado o Frei José Santa Bárbara de Bittencourt, que faleceu em 1890.
Ajuda - A Capela Nossa Senhora D´Ajuda foi construída em 1682. O prédio teve várias reformas e em 1984 foi tombado pelo Patrimônio Histórico. Sua construção foi em homenagem a Nau Nossa Senhora da Ajuda, que compunha a frota de Martin Afonso, quando chegou ao Brasil em 1532.
Uma das seis imagens que vieram nesta Nau foi colocada na capela. É uma das construções coloniais mais antigas no Estado, contudo, não existem informações exatas sobre a sua construção. Foi núcleo religioso das fazendas próximas, servindo também de cemitério, enterrando-se os senhores no interior do templo e os escravos atrás. Em 1927, José Benedito da Cruz, um artista sacro, pintou o forro da capela com a figura de Nossa Senhora rodeado por 11 querubins.
A capela possui uma imagem de Nossa Senhora D’Ajuda, em terracota, provavelmente de origem portuguesa. Em 24 de setembro de 1984, a capela foi tombada como monumento de interesse Histórico - Arquitetônico pelo CONDEPHAAT. Endereço: Rua D´Ajuda, 520 - Bairro D’Ajuda.
A história indica que foi na Freguesia da Escada que tudo começou. Foi em meado do século XVI que surgiu o Arraial, mas somente no século XIX ganhou a capela em homenagem a Nossa Senhora, que passou a ser conhecida pela escada que carrega nas mãos.
Anos depois, uma lenda ou crença se instalou na igreja. A história de São Longuinho e sua chegada se perde no tempo, mas tem gente que ainda lembra como foi.
Lendas, mistério, fé e crendice andam juntos na história de São Longuinho. Diz-se que era um centurião romano, que abriu as chagas de Cristo para aliviar seu sofrimento e morrer mais rápido. O sangue, misturado com o vinagre que haviam aplicado no corpo, caiu nos olhos do centurião, curando-o do problema que tinha na vista.
Quem conta a história pra todo mundo é a Dona Luiza Mendes, de 85 anos, que cuida da imagem desde que a encontrou jogada no lixo, em 1951. Diz ela que colocou um manto branco e guardou a imagem na sacristia. Aos poucos, foram aparecendo os pagadores de promessa, mas não conseguiu colocar o santo no altar.
Anos depois, São Longuinho fez o milagre em causa própria. Conseguiu a aprovação da Igreja para ficar em lugar de destaque ao lado de Nossa Senhora da Escada. Somente em 2003 ganhou a festa, com data oficial, 15 de março, aprovada pela Câmara Municipal da cidade. Quem faz promessa e consegue uma causa perdida, sempre marca presença, dando os pulinhos.
É só se aventurar pelas estradinhas rurais para poder apreciar as belas cores das plantações de flores, principalmente no Bairro da Cerejeira, local onde se concentra a maioria dos produtores.
A colônia japonesa começou a se instalar na década de 50 do século passado no Bairro Cerejeiras. Iniciaram com a produção de verduras e legumes e, alguns anos depois, aderiram ao plantio de flores, principalmente rosas.
Logo passaram para a orquídea, que se tornou a flor símbolo do município. Um dos maiores cultivadores, Roberto Giorchino, da Orquidácea, explica a importância do clima para o cultivo. Diz ele que a região não tem geada nem granizo e a umidade é mais alta, devido ao Rio Paraíba. A névoa da tarde, no outono e inverno, propicía a umidade necessária para o crescimento da flor.
Atualmente calcula-se que tenha no município cerca de 80 produtores de flores, alguns com alta tecnologia em reprodução em laboratório, como é o caso da Orquidácea, que começou em 1979 a cultivar o gênero cattleya. Chega a produzir 150 mil mudas por ano.
Muitos dos produtores não atendem aos interessados na propriedade, pois preferem vendas diretas aos revendedores e outros estados. A Orquidácea atende todos os dias e realiza cursos de cultivo.
Os arteiros de Guararema já não estão mais escondidos. Eles ganharam um espaço próprio, construído pela Prefeitura Municipal. Alí cerca de 50 artistas mostram sua arte todos os dias. Se você der sorte pode até encontrar alguns praticando suas habilidades e até aprender um pouco com suas dicas. As flores do jardim da sua casa
Dentre eles, o artesão Cláudio José da Silva busca toda madeira usada ou mesmo árvores caídas. Com suas ferramentas e um olhar preciso transforma tudo em arte.
A Dona Ruti Maria Barbosa buscou no bambu inspiração para fazer seus utensílios de cozinha. Com habilidade, faz mais de 30 tipos de colheres, conchas e potes. Além deles, figureiras, bordadeiras e doceiras estão presentes também.
O cartão postal da cidade é, sem dúvida alguma, o Recanto do Américo, local onde foram construídas pontes suspensas interligando as ilhas do Rio Paraíba do Sul. Ali o turista pode passear pelas passarelas e apreciar a beleza do rio, como observar os peixes que vem a flor d’água para se alimentar. Nas margens do rio, está o Pau D’alho centenário que exala o cheiro do alho.
Neste trecho, o Rio Paraíba do Sul tem ainda muitas outras ilhas que formam conjuntos de rara beleza. As águas ainda são piscosas, com piabas, piabanhas e outros peixes.
Outro ponto é o parque da Ilha Grande, com 15 mil m². Acesso por uma ponte pênsil, onde o visitante toma contato com muito verde e as águas do Rio Paraíba e tem à disposição pista para caminhadas.
Esquecidas no tempo, as pedras estavam lá no mesmo lugar de hoje. Mas, até então, chamavam atenção apenas dos curiosos. Em 2004 a Prefeitura Municipal criou o Parque da Pedra Montada, construindo toda a infraestrutura necessária. Tornou-se assim um ponto de turismo curioso. As pedras medem cerca de 9 metros de comprimento x 2,5 de altura. Uma embaixo e outra se equilibrando em cima, coisa que a natureza se encarregou de fazer. O parque tem atualmente lanchonete, restaurante e banheiros. Abre todos os dias.
A Maria-Fumaça 353 – conhecida como Velha Senhora, foi totalmente restaurada pela municipalidade. A composição conta com três carros de passageiros da década de 30, que comportam, ao todo, 150 passageiros.
Durante este ano será implantado a circulação entre a estação Central (cidade) e a estação de Luis Carlos, aproximadamente 7 quilômetros. Esse passeio irá promover uma verdadeira volta ao passado.
Atividades pedagógicas e artísticas serão implantadas para contar a história do município e do transporte ferroviário. Os passeios estarão abertos para estudantes e turistas. Ao lado da estação central e da estrutura destinada à locomotiva e aos carros de passageiros, foi construído um espaço amplo, agradável e seguro, que se transformou no “Calçadão” de acesso para a população do Bairro Nogueira.