Localização: Calha do Vale, junto ao Rio Paraíba do Sul, com terras na Serra da Quebra Cangalha e Serra da Mantiqueira.
Ext. Territorial: 751 km²
Altitude: 530 metros
Habitantes: 113.258
Hidrografia: Rio Paraíba do Sul e seus afluentes: ribeirões de Guaratinguetá, dos Lemes, dos Motas, Gomeral, São Gonçalo, Pilões e outros
Limites: Campos do Jordão,
Piquete, Cunha, Pindamonhangaba, Lagoinha, Aparecida, Lorena, Potim, Delfim Moreira-MG e Itajubá-MG
Distâncias:
São Paulo - 176 km
Rio de Janeiro - 237 km
Aparecida - 7 km
Cruzeiro - 45 km
São J. dos Campos - 85km
Taubaté - 47 km
Temperatura:
Média de 22°C
Clima: Tropical
Pela grande quantidade de garças que marcava a paisagem da região às margens do rio Paraíba, os índios a denominaram Guaratinguetá, expressão que significa reunião de garças brancas.
O local já estava assim batizado quando passaram as expedições portuguesas que, acompanhadas pelos índios, buscavam regiões além da Serra da Mantiqueira, nas futuras Minas Gerais, onde sabiam existir ouro e pedras preciosas.
A fixação do povoado branco na região aconteceu a partir de 1628. Por volta de 1630, no local da atual Matriz, foi erguida uma capelinha feita de pau-a-pique e coberta de sapé, sob a invocação de Santo Antônio de Pádua, cuja festa se comemora a 13 de junho. A invocação do santo fixa esta data como início do povoado de Guaratinguetá.
A povoação se desenvolveu em torno da capela, até que, no ano de 1651, foi elevado a Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá, sediando grandes extensões de terras, sendo a segunda vila do Vale do Paraíba.
No século 18, aumentou a passagem de viajantes para as Minas Gerais, tornando-se centro de abastecimento para os sertões mineiros. A vila vivia de economia de subsistência e o comércio à beira da estrada servia aos viajantes.
A prosperidade do açúcar se fazia presente, com grande produção nos engenhos. A vila possuia vida basicamente rural. O café se destacava na economia na medida em que os engenhos de açúcar decaíam. Com o café, veio o desenvolvimento econômico, político e social.
Em 1844 foi elevada à categoria de cidade. A mão de obra aumenta e as construções são ampliadas, graças ao dinheiro do café. Com a abolição da escravatura, chegam os imigrantes para a substituição de mão de obra.
Com o declínio da produção cafeeira, a agropecuária leiteira tomava lugar a partir da década de 30 do século passado. Junto vieram as grandes plantações de arroz. Atualmente a atração maior é o turismo religioso, devido à beatificação de Frei Galvão, que residiu na cidade, além dos centros religiosos de recuperação e meditação.
Viver Guaratinguetá no seu dia a dia é fazer uma viagem ao passado. Passado que teve o ciclo do café, que deixou como herança vários casarões de época. Passado que teve o ciclo da evolução comercial e industrial, com a chegada do trem e das grandes rodovias.
Tudo pode ser rememorado simplesmente andando pelas suas ruas, ainda com traçados originais.
Associação Comercial e Industrial de Guaratinguetá - O prédio foi construído em 1903 no lugar onde pernoitou Dom Pedro I em viagem para São Paulo. Abrigou o Comando Militar durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Tendo sido restaurado pela última vez em 1986, o prédio ainda guarda o projeto do antigo Centro Social de Guaratinguetá. Hoje, como sede da Associação Comercial e Industrial de Guaratinguetá, centraliza várias divisões de departamentos de apoio ao comerciante como SERASA, SCPC, Telecheque entre outros.
Rua MarechalDeodoro, 67
Escola Estadual Dr. Flamínio Lessa - A escola foi construída entre 1914 e 1915 para ser um quartel. Passou a abrigar o Grupo Escolar Dr. Flamínio Lessa em 1920, hoje Escola Estadual Dr. Flamínio Lessa. Tombado pelo Condephaat, é considerado monumento histórico municipal. Endereço: R. Visconde de Guaratinguetá, 224
Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves - A Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves é a atual denominação da antiga Escola Complementar, instalada em 1902. A atual construção data de 1919, tendo substituído o antigo sobrado do Visconde de Guaratinguetá, que era a sede da fazenda da família. Está localizada próximo à Rod. Presidente Dutra, e tem como vizinhos a - Casa de Frei Galvão e o Solar Rangel de Camargo.
Estação da Estrada de Ferro - Construída no ano de 1914 em estilo inglês do século dezenove pelo Engenheiro Paulo de Frontim, foi usada até a década de 50 como linha ferroviária. Na época, era o ponto de encontro da alta sociedade da cidade. O prédio é considerado monumento estadual pelo seu valor arquitetônico e histórico. Endereço: Praça Condessa de Frontin, 78/110.
Solar Rangel de Camargo - Monumento estadual por seu valor histórico e arquitetônico,
a casa do Capitão João Baptista Rangel, fazendeiro e Tropeiro, foi erguida em 1886 em taipas e pau-a-pique para sua residência urbana. Atualmente é habitada pela sexta geração de descendentes do Capitão João Baptista Rangel, e guarda mobiliário, alfaias e documentos do império e da Primeira República.
No local, se centralizou a política oposicionista ao governo de Rodrigues Alves, e durante a Revolução de 1932 foi ocupada por tropas constitucionalistas e federais. Endereço: Rua Frei Galvão, 48.
Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues Alves - O prédio foi construído em taipa de pilão pelo Dr. José Martiniano de Oliveira Borges, filho do Visconde de Guaratinguetá, e passou a ser moradia do Conselheiro Rodrigues Alves quando de seu casamento em 1891. Em 1932, sediou a base da Cruz Vermelha e também de tropas federais.
Sofreu sua última reforma em 1986, e atualmente conta com um acervo temático de Rodrigues Alves com mobiliário, objetos pessoais e documentos do estadista.
Prefeitura Municipal - O prédio da Prefeitura teve sua construção iniciada como Teatro Carlos Gomes e foi terminada como Teatro Municipal. Sua inauguração se deu em 1894, e funcionou até a década de 1920, encenando peças das mais renomadas companhias nacionais. Depois sediou a Escola de Farmácia e Odontologia e hoje abriga a sede da Prefeitura. - Endereço: Praça Dr. Homero Ottoni, 75
Marco Histórico da Revolução Constitucionalista - Localizado no bairro da Rocinha na zona rural de Guaratinguetá, é um dos traços deixados pela Revolução Constitucionalista de 1932. São trincheiras utilizadas durante os combates das tropas constitucionalistas e federais.
Caixa-D’Água - Em funcionamento desde sua inauguração em 1897, hoje tombada como patrimônio histórico municipal, a Caixa- D’Água mantém sua estrutura original, que lembra uma pequena fortaleza. Construída no alto do morro, bairro do Pedregulho, dela se tem uma vista panorâmica privilegiada de Guaratinguetá e Aparecida.
Aqueduto da Fazenda Esperança - A Fazenda Esperança, que hoje se destina a importante obras sociais como recuperação de drogados e sua reintegração à sociedade, é parte da antiga Fazenda Taquaral, que pertenceu ao Capitão-Mor Manoel José de Mello. De suas benfeitorias originais, remanesce o aqueduto em pedras de tijolos. É um dos poucos ainda encontrados em Guaratinguetá, sendo tombado como patrimônio histórico municipal.
Instituto Nossa Senhora do Carmo - Construção de 1892. Primeira casa das Irmãs Salesianas no Brasil, erguida com paredes de taipa e pau-a-pique, com telhado em madeiramento de pinho de Riga, possui artística capela com altar mor em mármore de Carrara e bronze, prefabricado na Itália. Endereço: Praça Joaquim Vilela O Marcondes, 360.
Escola Estadual Prof. Flamínio Lessa - Construção de 1915. Serviu inicialmente como quartel de manobras. Sua primeira função educacional foi a de abrigar os alunos da Escola Complementar de Guaratinguetá, enquanto se construía novo prédio daquele estabelecimento, destruído por um incêndio em 1916. Hoje restaurado, é tombado pelo Condephaat. É considerado Monumento Histórico Municipal pelo seu grande valor arquitetônico. Rua Tamandaré, 145
Escola de Especialistas da Aeronáutica - Centro de formação de Sargentos Especialistas do Brasil e América Latina, destacando-se sua Banda Sinfônica e Galerias de Grandes Pintores do Brasil. É o maior estabelecimento do gênero da América Latina. Fone: (12) 3123-1200.
Parque Ambiental Santa Luzia - Fica na Estrada Guaratinguetá-Potim no Bairro San Luzia. A área existe desde 2006 e tem 30 mil metros quadrados. Foi construído onde era um lixão da cidade. Tem como atração uma parede de vidro, mostrando como era o local.
Pode-se passear pelas trilhas e praticar esportes.
Parque Ecológico Municipal - Área verde dentro da cidade, com lagos, trilhas e quadras esportivas. Abre todos os dias. Bairro Nova Guará.
Parque Ambiental Rinaldo Luiz Pannunzio - Fica no Bairro Santa Clara.
Parque Ambiental Frei Galvão - Tem 250 mil metros quadrados e abrange os bairros Beira Rio, Village Santana, Parque do Sol e Jardim do Vale.
Recinto de Exposições - O local recebe durante todo o ano diversos eventos do setro agropecuário e social. Funciona no local o Kartódromo Municipal, que tem cursos e provas de campeonatos regionais e estaduais.
Fica na Rodovia Presidente Dutra (junto ao Leite Paulista).
A cidade tem várias atrações, entre mosteiros e igrejas, que atraem os religiosos de todo o Brasil. A maior atração religiosa é sem dúvida a que leva o nome do primeiro santo brasileiro. Nascido simples, Antônio Galvão nasceu em Guaratinguetá, em 1739, e ingressou aos 21 anos no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro. Frei Galvão foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, no Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca e, em seguida, foi transferido para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Em 1774, fundou o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, onde veio a falecer no dia 23 de dezembro de 1822. A partir de então, sua fama de santidade atravessou os séculos 19 e 20. No dia 25 de outubro de 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em Roma. No dia 11 de maio de 2007 o Bem-Aventurado Frei Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI, em São Paulo, e tornou-se o primeiro santo brasileiro.
Rota Franciscana - A cidade vem se preparando para se tornar mais um centro de peregrinação religiosa do Brasil. Dentre as ações, a mais recente é a Rota Franciscana Frei Galvão, que tem início em várias cidades de São Paulo e termina em Guaratinguetá.
Faz parte do Programa Caminha São Paulo, percorre alguns dos principais atrativos turísticos da capital e de outros 30 municípios das Regiões Turísticas do Vale do Paraíba e do Alto Tietê – Cantareira.Seu principal objetivo é oferecer aos caminhantes e cicloturistas a oportunidade de visitar e desfrutar das ofertas turísticas das cidades envolvidas.
Por ser um percurso autoguiado, a Rota Franciscana - Frei Galvão não necessita do acompanhamento de guias de turismo ou agendamento prévio com operadoras de passeios da região. Para orientar os participantes, a Secretaria de Turismo instalou placas de sinalização durante todo o trajeto e, além disso, publicou um guia que traz diversas informações sobre roteiros e sugestões de pontos turísticos na região. Informações completas no site www.caminhasaopaulo.com.br
Memorial de Frei Galvão – Possui documentos, livros e objetos sobre a vida de Frei Galvão. No mesmo local tem ainda o oratório do santo, sala de agradecimentos e a fonte de Frei Galvão. Rua Frei Galvão, 29 Tel. (12) 3132-1939 ww.casadefreigalvao.com.br
Museu Frei Galvão - Fundado em 1972, mantido pelo Centro Social de Guaratinguetá e pelos “Amigos do Museu”, tem como patrono o franciscano Frei Antônio de Sant’Ana Galvão. Em seu acervo, telas, imagens e móveis de Guaratinguetá de ontem e hoje. Com mais de 50.000 documentos catalogados sobre a história do município e região, divididos por assuntos. Peças indígenas e da revolução de 1932. De seg a sex das 9h às11h / 13h às 17h. Praça Conselheiro Rodrigues Alves, 48 - 2º andar. Tel. (12) 3122-3674 museufreigalvao@yahoo.com.br
Casa de Frei Galvão - Local abençoado onde, em 1739, nasceu Santo Antônio de Sant’Ana Galvão – primeiro santo do Brasil. Possui a Sala das Relíquias, com quadros, imagens e pertences que mostram sua história, além de fragmentos de osso e batina incrustados no peito de sua imagem em madeira. Novenas e Pílulas de Frei Galvão são aí distribuídas. Em dezembro de 2008, em um concurso realizado pela Câmara Municipal, foi eleita por voto popular uma das Sete Maravilhas de Guaratinguetá. Aberta à visitação diariamente, das 8h às 18h. Endereço: Rua Frei Galvão, 78 - Centro. Tel: (12) 3133-7269. - Rua Frei Galvão, 78 Centro – Guaratinguetá – SP
Seminário Frei Galvão - O Seminário Frei Galvão, com capela datada de 1942, recebe alunos de todo o Brasil para a formação religiosa franciscana. Ergue-se ao centro de bonita chácara de quatro alqueires no bairro de São Bento, tendo em seu jardim monumental imagem em cimento de Nossa Senhora de Fátima, obra do escultor Luiz Pescota. Conta com acervo de objetos pessoais que pertenceram a Frei Galvão. Está localizado a 1km da Rod. Presidente Dutra e atualmente é visitado por excursionistas religiosos e devotos de todo o Brasil.
Entrar no mercadão de Guaratinguetá é como entrar num labirinto sem saída. Mas tem saída, sim, principalmente se você vai às compras. São mais de cem bancas, quase todas de alimentos frescos. As ofertas começam pelas verduras e legumes, onde em um dos cantos encontram-se produtores da Colônia do Piagui, com produtos sem uso de agrotóxicos. As farinhas de mandioca e milho podem ser encontradas em diversas bancas. Alguns produtos são feitos na região e outros são oriundos de Minas Gerais.
Pelos corredores, muitas ofertas de queijos, manteigas e embutidos de todos os tipos. Os doces tradicionais de Guaratinguetá marcam presença em diversas bancas, onde podem-se encontrar até os antigos pirulitos em forma de chupeta. Nas laterais, como sempre, as bancas de carnes, principalmente de suínos, peixes frescos, e os bares de pastel, café e comida caseira. Funciona todos os dias e no sábado e domingo até as 13h.
Construção de 1889.Sua estrutura, toda em arcos, com adro interno dotado de chafariz, sofreu grandes estragos por ocasião de incêndio ocorrido em 1958. Rua Dr. Martiniano,s/n
Quem tem o prazer de conhecer o Seu Agostinho, pode se dizer uma pessoa de sorte. Começa pelas boas conversas e pelas histórias que ele tem na cabeça. Pode passar horas fazendo isso, mas não dá, porque tem outras coisas para conhecer. Na Praça Rodrigues Alves, tem uma banca de doces, onde comparece todos os sábados pra fazer sua paçoca no pilão, ao vivo, e já se tornou figura folclórica.
Chegando em sua casa, mais novidades. Agostinho guarda centenas de peças antigas, desde pequenos canivetes até pilão de pedra. São materiais que foi ganhando e comprando durante suas viagens pelo Vale e Sul de Minas. Ele só lamenta em poder fazer um museu com isso tudo, pra que os jovens possam apreciar e saber um pouco mais de nossa história.
E quando chegamos aos tachos e pilões que funcionam todos os dias, aí a conversa fica tudo mais doce. Agostinho faz ainda dezenas de tipos de doces caseiros e as tradicionais paçocas de amendoim e carne-seca. Diz ele que tudo começou com sua avó Maria Emboava. A fama desse doceiro contador de causos já correu longe, pois está em várias festas da região do Vale. Agora está na TV Século XXI (parabólica), com um programa só de comida caipira, toda quarta-feira, a partir das 19h20. Rua Domingues Leite, 216- Bairro Santa Rita.
Depois da cidade, informe-se sobre as atrações rurais e escolha um roteiro. O primeiro destino pode ser a região das Pedrinhas e Gomeral. Tem 15 quilometros de asfalto, mas todo cuidado é pouco, devido às condições da estrada e ao grande fluxo de carros nos finais de semana.
Balneário Águas Mantiqueira - Localizado no bairro das Pedrinhas,de propriedade particular, possui uma área gramada e presença de eucaliptos, áreas para lazer propícia para atividades de banho. A junção do ribeirão Gomeral com o ribeirão Taquaral se faz nesta propriedade, formando o ribeirão das Pedrinhas.
O acesso se dá através da estrada Vicinal Tancredo Neves, localizando a 19 Km do centro de Guaratinguetá e 5 Km do núcleo central do povoado das Pedrinhas.
As águas do Ribeirão das Pedrinhas formam pequenos poços para banho com aproximadamente 2 metros de profundidade no máximo, 300 metros de comprimento e 5 metros de largura. Possui um galpão para jogos com lanchonete. A primeira parada é no Produtos Pé de Serra, onde a produção de cachaça é feita artesanalmente e envelhecida em tonéis especiais. Mas a atração da casa fica pela geleia e bala de goma de cachaça. No Bairro das Pedrinhas, no final do asfalto, ficam os locais que os turistas mais procuram. Os dois ribeirões que passam pelo local formam pequenas cachoeiras e tanques, próprios para um relaxamento em dias de calor.
Ali também, três restaurantes servem o que há de bom em comida caipira, preparadas em fogão a lenha. É local de muito movimento de gente e, se está procurando mais calma, siga em frente. Logo pode-se avistar pousadas e pequenos restaurantes, todos com pratos típicos onde a atração fica por conta do frango caipira. Próximo dalí existem duas trilhas que sobem a serra. Informe-se no local, pois ficam em propriedade particular e é necessário autorização.
A partir do povoado das Pedrinhas, o acesso se denomina Estrada Parque José Jorge Boueri, são 36km de terra até o Horto em Campos do Jordão. Mas, atenção, vá com calma, pois a estrada é cheia de pedrinhas, não havendo risco de enroscar, mesmo com chuva. A subida é íngreme para chegar em certos refúgios. Em certos casos, há algum calçamento em locais mais difíceis.
No percurso do povoado das Pedrinhas até o povoado do Gomeral, são 17km. A paisagem neste trecho da estrada já toma contornos de uma região serrana.A alta altitude é de aproximadamente 1.600m, com vista da cidade de Guaratinguetá e trechos do Vale do Paríba. O povoado do Gomeral possui a Igreja de São Lázaro, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e um Galpão. A Serra da Mantiqueira, com seus morros, formam figuras como o “macaco”, imponente, desafiando os mais corajosos.
Vale uma parada, pois bem a beira da estrada, ou no interior dos restaurante, há cachoeiras com acessos por trilhas em meio à mata. Subindo mais 3,5km, encontra-se uma criação de trutas .
Esta estrada é muito usada pelos amantes do 4x4 e motoqueiros, pois ela se liga com Minas Gerais e Campos do Jordão, que está a pouco mais de 20 km dali.
Piagui - O nome Colônia do Piagui se justifica pelo mesmo ter sido ocupado desde o inicio do século por imigrantes europeus, destacando os italianos, espanhóis e austríacos.
Atualmente é caracterizado como cinturão verde da cidade, sua paisagem é tipicamente com predomínio de plantações de arroz e hortaliças, sendo o primeiro lugar do Brasil a ser implantado o sistema de irrigação “Sistemas de Polders” (1950/1960). A captação de água para irrigação das plantações é feita pelo DAE, onde também é feita cerca de 10% da captação de água bruta para o municipio pelo SAAEG (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guaratinguetá). Um dos destaques da Colônia do Piagui é a Caixa-D´Água, sua construção data de 1897 e lembra uma pequena fortaleza. Possui uma vista panorâmica da cidade de Guaratinguetá e Aparecida, servindo como um mirante. Além das plantações de arroz, o bairro possui diversos alambiques de aguardente.
Para viver mais o campo, basta tomar a estrada que segue pra Cunha, onde várias atrações estão à beira da estrada. Logo no início, está localizada a Fazenda Engenho D´Água.
O prédio principal, quase todo conservado, foi construído em 1776, por Mathias da Silveira, filho do Padre Antônio da Silveira. Falecido em 1776, Mathias era português da Ilha do Funchal. O engenho vivia então do plantio da cana, com produção de aguardente e açúcar. A partir daí, sucederam-se dezoito proprietários até os dias atuais, com destaque para alguns como Manuel José de Melo, futuro Capitão-Mor da Vila de Guaratinguetá.
Além da cana e do café, a fazenda produziu chá, com mudas vindas da Índia. Na Serra da Quebra Cangalha, vale uma parada pra admirar a paisagem e tomar uma água da mina. Subindo a serra, não deixe de visitar a D. Helena, que prepara delícias defumadas,doces e compotas em sua própria casa. Fica alí também a Churrascaria principal da estrada, com carnes especiais todos os dias no almoço. Logo no trevo pra Lagoinha, está o Bairro da Rocinha. Outrora pouso de tropeiros, que cruzavam a Estrada Real, o lugar preserva sua simplicidade, mas mantém serviços básicos, com supermercados, casa rural, bares e lanchonetes. Procure pela D. Cida, uma doceira de mão cheia e que sempre está preparando as delícias. A maior atração do bairro é a Igreja de Santo Expedito, que atrai fiéis de todo o Vale. A Igreja fica 1 km adiante do bairro, bem junto à estrada.
Para conhecer mais, é só tomar a estrada que vai pra Lagoinha. Logo no começo, o Espaço Cultural BenViver, um centro de terapias e plantio de ervas medicinais. Mais à frente, dois restaurantes de comida caipira. Um deles
é especialista em leitoa pururuca, virado paulista e outros pratos. No caso da leitoa, é bom avisar antes, pois a leitoa, assim como outros pratos, são preparados na hora. Mas vale a espera, apreciando a paisagem local e batendo um papo com a proprietária. O ou-tro restaurante serve no sistema self-service, por quilo, também com pratos típicos com destaque pra costelinha de porco assada. Fica ali tambem um dos dois únicos clubes naturistas da região. O Rincão recebe apenas adeptos e tem pousada e infraestrutura completa. O Hotel Fazenda Vaca Estrelada fica no meio da mata, com chalés para seu descanso.
Neste local, o visitante entra em contato verdadeiro com o poder das plantas medicinais. O espaço Cultural Benviver e comandado pela agrônoma e fitoterapêuta Darci Marques. Ao longo do anos, foi plantando toda a área de 60 mil metros quadrados com todo tipo de plantas medicinais e temperos. Atualmente o sítio, comandado por toda a família, está inteiramente ocupado com cerca de 1.500 espécies de todo o Brasil. São plantas usadas para prevenção de diversos tipos de males do corpo e da alma. Darci afirma que “além dos problemas físicos, o homem tem junto os problemas de equilíbrio mental, que provoca o agravamento de muitos males” .
O local tem ainda uma lojinha para venda de artesanatos e produtos naturais, como sais e óleos aromáticos para banho, vinhos, geleias, mel, compotas e licores de frutas naturais, como a jabuticaba, uvaia, limão, etc. Periodicamente, realiza cursos, palestras e práticas sobre o poder da plantas na fitorapeia. O local fica na Estrada para Lagoinha, km 1.