Localização:
Igaratá está localizada às margens da Rodovia Dom Pedro I.
Ext. Territorial: 294 km²
Altitude: 745 metros
Habitantes: 8.913
Hidrografia: Rio das Cobras, Rio Jaguari, Rio de Peixe
Limites:
Joanópolis, São José dos Campos, Jacareí, Santa Isabel, Piracaia e Nazaré Paulista
Distâncias:
São Paulo - 71 km
São José dos Campos - 38 km
Campinas - 110 km
Santa Isabel - 23 km
Jacareí - 25 km
Temperatura:
Média de 18° C
Clima: Temperado, com inverno seco
Não há registros que contem toda a origem do povoado de Igaratá. Nascida no fundo do vale do rio do Peixe, quase na confluência do rio Jaguari, surgiu o pequeno amontoado de casas em torno de uma capela. O primeiro registro oficial é de 1864, quando a capela de Nossa Senhora do Patrocínio é elevada à categoria de freguesia e anexada à comarca de São José dos Paraitingas. Quatro anos depois, muda para a comarca de Santa Isabel. Em 1863, com o mesmo nome, foi transformada em município e anexada a Jacareí.
O nome Igaratá, denominação indígena para canoas grandes ou fortes, passou a designar o nome da cidade em 1906.
Reduzido à condição de Distrito de Paz em 1934, foi anexado novamente ao município de Santa Isabel. Como município, ficou constituído de um único distrito: Igaratá.
Passou então, a ser município independente. A partir daí, estava emancipada e tinha uma vida tranquila, até chegar a notícia de que o projeto da Represa Jaguari, elaborado pelas Centrais Elétricas de São Paulo, englobaria a área da pequena e antiga Igaratá.
Desde então, os dias de Igaratá estariam contados, se não fosse a mobilização dos moradores. A agitação era intensa, mas em 1969, chegavam os primeiros maquinários que fizeram a terraplenagem da nova sede. Em dezembro do mesmo ano, todas as famílias transferiram suas residências para a parte mais alta, localizada dentro do município. E, assim, foi fundada uma nova Igaratá, diferente da antiga povoação dos tempos de Império.
Assim como outras cidades atingidas por construções de represas, Igaratá e seu povo ressurgiram das águas.
A pequena cidade de Igaratá, no início era um simples pouso de tropas, cujas terras pertenciam ao município de Santa Isabel. Aos poucos, em volta da Capela de Nossa Senhora do Patrocínio, foram chegando moradores e logo ganhou sua identidade se transformando em município independente. Destacou-se na agropecuária por muitos anos.Mas teve sua história mudada abruptamente no final de 1969. Foi quando as águas da represa do Jaguari começaram a encher e, aos poucos foram levando as antigas tradições do lugar. Uma nova cidade começou a surgir e, em alguns meses estava cercada pelo imenso lago de 120 km².
A modernização da Rodovia D. Pedro, que corta o município, ajudou a injetar recursos na economia local.
Depois de alguns anos, chegaram os loteadores, e grandes condomínios surgiram nas terras remanescentes do município. Os condomínios transformaram o modo de vida rural, criando assim duas cidades. Uma a cidade propriamente dita, com seu pequeno comércio, os moradores locais e a população rural, sempre presente fazendo suas compras. A outra, uma cidade escondida, com grandes mansões dos paulistanos, usadas somente nos finais de semana. É uma população flutuante, que raramente visita o centro da cidade. Saem de São Paulo e vão direto para suas casas.
Junto com os condomínios, chegaram as náuticas, que, aos poucos, foram tomando conta do resto das margens do lago. Os amantes dos esportes náuticos e proprietários de lanchas marcam presença nos finais de semana.
São várias náuticas que funcionam como garagem dos proprietários de lanchas. Algumas chegam a ter até cinquenta embarcações de vários tamanhos. Várias possuem o serviço de passeio de lancha ou barco pela represa. Com isso, Igaratá está inserida no circuito nacional de esportes náuticos, acontecendo durante o ano alguns eventos esportivos.
As águas da represa também atraíram outro tipo de turista: os amantes da pescaria, que procuram os recantos para sua diversão. O enchimento do lago provocou uma diminuição da ictiofauna, mas com a soltura de alevinos pela CESP, que administra a represa, atualmente podem-se encontrar várias espécies de peixe. A empresa mantém no local uma usina hidroelétrica.
O agravante é que a maior parte das margens da represa estão ocupadas por propriedades particulares, onde todo o cuidado é pouco para acessar. A maneira mais fácil é mesmo embarcado, saindo de alguma marina. Até mesmo um clube de naturismo se instalou no município, sendo um dos mais importantes do Brasil.