Localização: Jambeiro localiza-se na micro região do Alto Paraíba, num dos segmentos da Serra do Mar.
Hidrografia: É cortado pelos rios Piraí, Capivarí, Ribeirão dos Francos, Jambeiro, Santo Antonio e da Serra.
Ext. Territorial: 183 km²
Altitude: 780m
Habitantes: 5.554
Limites: São José dos Campos, Caçapava, Redenção da Serra, Paraibuna, Santa Branca e Jacareí.
Distâncias:
São Paulo - 116 km
Rio de Janeiro - 353 km
São J dos Campos - 32 km
Caçapava - 23 km
Temperatura: Média máxima de 22° C e média mínima de 18° C
Clima: Bastante ameno, com temperatura média de 20º
A população de Jambeiro tem o privilégio de não registrar na história do município situações de guerra ou grandes conflitos.
O primeiro morador de que se tem notícia seria o tenente José Vieira da Silva, por volta de 1789, que teria se estabelecido naquela região logo após ter se casado. Seus descendentes permaneceram por lá e, aos poucos, o povoado foi se formando.
Um texto do Padre Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo, divulgado na publicação “O Jambeirense” em 1918, conta que, em 1793, “o quase ignorado bairro do Capivary ou Caçapavinha repousava despreocupado no sopé de várias montanhas...”.
Em 1969, o Capitão Jesuíno Antonio Baptista doou ao povoado um terreno para que nele fosse construída uma capela para Nossa
Acredita-se que o nome da capela tenha sido uma homenagem à mãe do capitão, Maria das Dores. A capela foi inaugurada em 1871 e, em 1872, o bairro do Capivary foi elevado à Freguesia, chegando à Vila em 1876, com o mesmo nome.
Já no ano seguinte, 1877, a Vila de Nossa Senhora do Capivary. Aconchegada entre serras recebeu o nome de Vila de Jambeiro.
Há quem atribua a escolha desse nome à preferência dos habitantes do local pela fruta Jambo. Porém, a hipótese mais provável é a indicada por um trecho do registro do município que determina suas divisas, que seriam “... pelo lado de Parahybuna, pelo morro da Samambaia, a antiga divisa de Caçapava, e pelo lado desta Villa, pelos altos do morro do Jambeiro, ficando pertencendo-a.”
Essa descrição leva a deduzir-se que, antes mesmo da cidade chamar-se Jambeiro, um morro da região já tinha esse nome, que talvez por ter uma frondosa árvore dessa espécie tenha se tornado ponto de referência aos moradores, tropeiros e viajantes daqueles tempos.
Em março de 1898, Jambeiro foi elevada à categoria de cidade e, nessa época, embalada pela cultura do café, passou por um expressivo período de desenvolvimento e chegou a ter 10 mil habitantes.
Quando a época áurea do café chegou ao fim, os habitantes de Jambeiro voltaram-se para a pecuária leiteira. Essa atividade, no entanto, requer mão de obra reduzida o que provocou um êxodo da cidade.
A pequena Jambeiro mantém traços da antiga vila nos velhos casarões coloniais ainda preservados. Na Praça Almeida Gil, pelo menos cinco prédios chamam a atenção, com destaque para o Mercado Municipal, que tem a seu lado o único pé de Jambo da cidade.
A Igreja Matriz, datada de 1920, tem uma beleza ímpar de arquitetura externa e interna. A Igreja de São Benedito também tem arquitetura antiga, conservada até hoje.
Para quem gosta de esportes náuticos e pesca, um trecho do lago da Represa de Santa Branca está no município. O acesso é feito pela Rodovia dos Tamoios, na altura do Bairro do Capivari.
Atualmente o município está crescendo em loteamentos e grandes condomínios fechados, junto a Tamoios. O local se tornou opção dos joseenses, pela qualidade de vida e por estar próximo de São José dos Campos.
Jambeiro, que era Capivari, tem documentos que comprovam sua existência bem antes das datas oficiais de fundação. Capivari aparece em inventário de 1649, em nome de João do Prado Martins. A considerar a data, a região deve ter sido ocupada bem antes disso. Segundo a historiadora Lia Carolina Mariotto, de Taubaté, em sua recente pesquisa sobre o Caminho Esquecido, cita o seguintes : “ Como homem rico, poderoso e comerciante bem relacionado, João do Prado Martins possuía muitas propriedades. Era dono de sítio e terras em Pindamonhangaba, data de terras em Guaratinguetá e inúmeras braças de chãos na vila de Taubaté. Dentre esses bens de raiz, era proprietário [...] mais em Capivari até o Salto Grande o que se achar e para a banda do mar[grifo nosso] quatro léguas, conforme o que a carta que apresentaram. Reza qual carta foi passada e concedida a tal data pelo Capitão-Mor e Ouvidor e Sesmeiro Dionísio da Costa,15 com os adjuntos, de que foi Escrivão Antonio da Mota.”
(Inventário de João do Prado Martins – 1653. Cartório do 2º Ofício caixa 1649-1668, fólio 2, verso.)
Durante vários anos, Jambeiro conviveu com a queda da renda per capita, até que um plano de incentivos para atração de empresas surtiu efeito. A pequena cidade conseguiu que cerca de 10 indústrias se instalassem em seu território e tornou-se um dos municípios de melhor resultado em renda per capita do Vale do Paraíba, segundo o IBGE.
Além dos incentivos fiscais, a posição geográfica também contribuiu para despertar o interesse das empresas. Jambeiro está a 116 quilômetros de São Paulo, a 32 de São José dos Campos e no caminho para o Porto de São Sebastião.
As indústrias do município são de diversos ramos e abriram oportunidade de emprego para uma parcela dos moradores (aqueles com melhor escolaridade e cursos técnicos industriais). A presença dessas empresas também contribui para melhorar a arrecadação municipal e o comércio da cidade.