Localização:
Leste do Estado de São Paulo - Vale do Paraíba
Ext. Territorial: 167 km²
Altitude: 508 metros
Habitantes: 6.678
Hidrografia: Rio Paraíba do Sul, do Braço, Córrego do Veado, do Jacu, Coronel Horta, do Palmeiras, do Bracinho, da Divisa e Rio Claro
Limites: Silveiras, Cruzeiro, Queluz
Distâncias:
São Paulo - 215 km
Rio de Janeiro - 210 km
Cruzeiro - 20 Km
Temperatura:
Entre 14° C e 27° C
Clima: Temperado
Nos primórdios da formação do Brasil, a atual e primeira Lavrinhas ficava bem no pé da Serra da Mantiqueira, na rota que ligava Minas Gerais ao Vale do Paraíba e ao Litoral. Era mais um pouso para os viajantes, antes de enfrentar a subida da serra, via Capela do Jacu. O local se chamou primeiro Pinheiros. Com a chegada do ciclo do café, a região ganhou importância.
No Brasil Colônia, o local tinha outro nome, ocasião em que exploradores encontraram pequenas pepitas de ouro nos ribeirões que descem da serra. O povoado foi fundado oficialmente em 27 de junho de 1888, por Manoel da Cruz e Honório Fidélis do Espírito Santo, com o nome de São Francisco de Paula dos Pinheiros.
Por volta de 1891, João e Antônio Ribeiro chegaram à região chamada Grama, encontrando ali pequenas lavras de ouro. Por serem pequenas, passaram a chamar o lugar de Lavrinhas. Com a chegada da linha férrea, o centro da cidade mudou-se para próximo do Rio Paraíba do Sul.
Por muitos anos, ainda viveu dos passantes e, por volta de 1920, com a descida dos mineiros, se fortaleceu na agropecuária, sendo grande produtora de leite.
Foi elevada a Distrito em 28 de dezembro de 1917 e tornou-se Município a 30 de novembro de 1944, quando foi finalmente adotado o nome de Lavrinhas.
Atualmente, de um lado crescem as empresas mineradoras que se instalaram na região da Capela do Jacu, de outro lado, empresários investem no turismo rápido buscando a clientela que quer se divertir nas águas geladas dos ribeirões Pinheiro e Capela do Jacu.
Indo em direção à cidade de Cruzeiro, o município ganhou vários bairros, centralizados pelo Mavisou, que, atualmente, tem mais moradores do que a própria sede.
Pode parecer incrível, mas Lavrinhas tem três cidades num mesmo município. Quem chega em Lavrinhas pela Rodovia Pres. Dutra encontra uma pequena cidade espremida entre a linha férrea e o lendário Rio Paraíba do Sul, em seu trecho mais caudaloso. Poucas casas, bares e estação ferroviária desativada, onde hoje funciona a Prefeitura.
Mas não se impressione, não. Está é a segunda Lavrinhas, onde funcionam os comandos do município. Indo em direção a Cruzeiro, encontramos a terceira Lavrinhas, nos novos bairros de Mavisou e Recanto Tranquilo, criados em função da falta de espaço na segunda Lavrinhas.
Mas, e a primeira Lavrinhas? É só pegar a estradinha do Bairro dos Macacos pra achar o veio da história local. Andando alguns quilometros, chega-se ao Bairro do Pinheiro, aí sim, um lugar calmo, com apenas um bar, a Igreja de São Francisco de Paula e alguns casarões antigos. O começo de tudo foi neste lugar, que perdeu sua importância administrativa devido à construção da linha férrea, margeando o Paraíba.
Seguindo mais alguns quilômetros, está mais um pedaço da primeira Lavrinhas. O Bairro Capela do Jacu concentra os balneários turísticos que atraem muita gente da região. São as águas geladas que descem da Serra da Mantiqueira, formando lagos e corredeiras. Os empreendimentos contam com piscinas naturais, duchas e recantos com quiosques e lanchonetes para melhor atender os interessados.
Somando todas as três cidades, Lavrinhas é realmente um município que, não parece, mas é importante para o lazer de uma clientela específica.
A região da Capela do Jacu, além da tradição rural e formação dos primórdios do município, tornou-se o ponto mais procurado pelos turistas, que, muitas vezes, nem conhecem a sede do município. No princípio, a população aproveitava para se banhar nos rios, por entre pedras e pequenas piscinas naturais. Aproveitando a água em abundância e o interesse dos turistas que compareciam ao local, há 20 anos, alguns empresários resolveram investir no negócio do turismo de verão. O primeiro foi o Sítio do José João, que construiu piscina, quiosques e infraestrutura de atendimento. Deu certo. Tanto que apareceram mais locais semelhantes e pousadas para atender o turista que quer ficar mais tempo no local. Todos os empreendimentos cobram taxa de ingresso, de acordo com a época.
Igreja São Francisco de Paula - O atual prédio é de 1928, cujo prédio original foi eregido em 1832, por ocasião da formação da vila. Abre de segunda a sexta das 13h às 17h. Sábados e domingos, das 9h às 17h, com missas no domingo. Bairro Pinheiros.
Igreja N. Sra Auxiliadora - Reconstruída em 1950, pois o prédio original foi destruído na Revolução de 1932. Guarda a imagem original. De segunda a sexta em horário comercial, com acompanhamento nas visitas. Missas aos domingos. Rod. Julio Fortes, km 3 - Colégio São Manoel.
Capela de São João Batista- Construída em 1920, em adobe, no estilo gótico. Possui um relógio alemão, dois sinos em bronze e um orgão alemão no mezanino. Visitação somente com hora marcada. R. São Sebastião,105. Bairro São João.
Estação Ferroviária - Prédio datado de 1874, por ocasião da implantação da linha férrea. Funciona as instalações da Prefeitura Municipal- centro.
Ponte de Ferro - Construída em 1874, sobreo Rio Paraíba do Sul, para a passagem da linha férrea, ainda está em uso.
Fonte Mirifica - Centenária bica d´água da cidade, onde toda a população se abastecia. Local tem jardim e bancos e a água é boa. Bairro São João.