Localização: Centro geográfico do Vale do Paraíba, região Sudeste do Estado de São Paulo
Ext. Territorial: 730 km²
Altitude: 557 metros
Habitantes: 150.162
Hidrografia: Rio Paraíba, Rio Piracuama, Rio Uno, Rio Tapanhon, Ribeirão Ipiranga, dos Surdos e do Curtume
Limites: Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal, Monteiro Lobato, Taubaté, Lagoinha, Roseira, Potim e Guaratinguetá
Distâncias:
São Paulo - 141 km
Rio de Janeiro - 271 km
Campos do Jordão - 32 km
São J. dos Campos - 88 km
Temperatura: Mínima de 6º C no inverno e máxima de 32º C no verão
Clima: Subtropical
A primeira teoria diz que os irmãos Leme adquiriram da condessa de Vimieiro glebas de terra ao norte da Vila de Taubaté, bem à margem direita do Rio Paraíba. Aos 12 de Agosto de 1672, Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme iniciaram a construção da capela em honra a São José e fundaram a povoação de São José de Pindamonhangaba. Essa capela foi edificada no alto de uma colina, exatamente onde hoje se localiza a Praça da República Largo do Quartel. Baseado nesta teoria, em 07/12/53, o então Prefeito Dr. Caio Gomes Figueiredo oficializou pela Lei n° 197 a data de 12 de Agosto de 1672 como a data da Fundação de Pindamonhangaba, tendo como Fundadores: Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme.
A segunda teoria diz que, no início do Século XVII, sesmarias vão sendo concedidas na zona de Taubaté – Pindamonhangaba – Guaratinguetá, destacando-se uma que é concedida, em 17/05/1649, ao capitão João do Prado Martins, na paragem chamada Pindamonhangaba. De acordo com a respectiva carta de doação, esse povoador, vindo de São Paulo com a família e agregados, já estava de posse de suas terras naquela paragem desde o dia 22 de Julho de 1643, que é considerada a data de fundação de Pindamonhangaba, pois o sítio então aberto por João do Prado se situava no rocio mesmo da futura vila e cidade de nossos dias. A partir daí, da paragem à margem direita do rio Paraíba, forma-se um bairro dependente de Taubaté, para onde vão afluindo novos
povoadores e moradores. Começa a funcionar no bairro uma igreja, de porte pequeno, cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso. A sua ereção é devida ao padre João de Faria Fialho, considerado o fundador de Pindamonhangaba.
Por existirem dúvidas quanto à fundação de Pindamonhangaba, em 09/03/73, o Prefeito Dr. João Bosco Nogueira faz saber, a Câmara Municipal de Pindamonhangaba aprova e ele promulga a lei n° 1336 determinando a data da emancipação para as comemorações.
No início do século XVIII, por volta de 1704, a pequena Freguesia de São José crescia intensamente e já era intenção de seus moradores separá-la da vila de Taubaté, à qual pertencia. Frequentemente os maiorais do lugar se reuniam para trocar ideias sobre a maneira de torná-la independente, elevando-a à categoria de vila.
Para alimentar ainda mais esse desejo nato de liberdade, quis o destino que por aqui passasse o desembargador João Saraiva de Carvalho, ouvidor geral e corregedor da comarca de São Paulo. E assim, à custa de rogos que lhe foram feitos e de “valiosos presentes” que lhe foram ofertados, o desembargador resolveu o caso da noite para o dia. A freguesia foi elevada à vila por obra e graça de um ato assinado por João Saraiva de Carvalho. Essa resolução provocou os protestos das autoridades taubateanas e elas resolveram comunicar o fato à Sua Majestade D. Pedro II, El Rei de Portugal.
Era preciso anular a ilegalidade cometida pelo desembargador. Estando o rei doente, coube à rainha Dona Catarina
resolver aquele delicado caso. No entanto, considerando, talvez, a humildade dos representantes da nova vila, que afirmavam estar cientes do erro cometido e pediam perdão, a rainha acabou por lhes desculpar o erro.
Mas não passou muito tempo e o povo da freguesia elevada à vila ilegalmente teve uma grata surpresa. Num gesto magnânimo e inteligente, a rainha, depois de haver anulado a criação da vila de São José, havia mandado criar a vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba.
A boa nova alegrou duplamente os habitantes da então freguesia de Pindamonhangaba, porque os livrou das penas a que estavam sujeitos por terem cometido o “grande crime” de eleva-la à vila e por satisfazer suas justas aspirações.
O city tour histórico apresenta um pouco da rica história de Pindamonhangaba por meio de roteiro que integra prédios, igrejas e outros locais, além de curiosidades ,lendas e pindamonhangabenses ilustres. O trajeto é feito em cerca de 40 minutos de ônibus com um pequeno trecho a pé. É realizado um reconhecimento histórico e cultural pelo centro da cidade, com destaque para a estrada de ferro Campos do Jordão, Estação Central do Brasil, prédio do colégio Dr. Alfredo Pujol (onde, conta-se, estava o cemitério da cidade)
Igreja São José (onde foram sepultados 14 pindamonhangabenses que integravam a guarda de honra dom imperador Dom Pedro I), Palacete Tiradentes (que abriga a câmara municipal), Bosque da Princesa (cujo nome homenageia a princesa Isabel, filha do imperador Dom Pedro II), Rio Paraíba, Palácio Palmeiras, palacete 10 de Julho (sede da Prefeitura Municipal até julho de 2007), Igreja da Matriz (Nossa Senhora do Bom Sucesso), chegando até a passagem Monsenhor Marcondes, onde se encontra a gruta que abastecia Pindamonhangaba e ainda jorra água da reserva do trabiju.
Central do Brasil - Inaugurada em 1877 como Estrada de Ferro SP - RJ, passou às mãos da Central do Brasil em 1890. Conta-se que o terreno em que está a estação e o prédio do Pujol abrigava o cemitério.
Prédio do Colégio - Dr. Alfredo Pujol. A construção deste prédio data de 1901. A fiscalização ficou a cargo de Euclides da Cunha. Ocupa uma área de 2000m². Hoje abriga a Escola Estadual Dr. Alfredo Pujol.
Igreja São José - Teve sua construção iniciada em 1840 e foi concluída em 1848. Possui paredes de taipa de pilão. No local, foram sepultados 14 pindamonhangabenses que integravam a Guarda de Honra de Dom Pedro I.
Palacete Tiradentes (Câmara) - Construído em 1862. A fachada é semelhante à dos grandes casarões dos tempos do café, com paredes externas de taipa de pilão e as internas de pau-a-pique. Já foi cadeia, escola, e atualmente abriga a câmara de vereadores.
Bosque da Princesa - Data de 1879, como Largo do Porto, em alusão ao período de navegação no Rio Paraíba. Tem 643 árvores de 52 espécies, como pau-brasil, angico e tamarindo. Foi revitalizado e iluminado pela Prefeitura, e atualmente fica aberto até às 22h
Palacete Palmeira - Construído na década de 60 do século XIX, é a única eminiscência da nobreza rural cafeeira paulista. Abriga o museu Histórico e Pedagógico D. Pedro I e Dona Leopoldina, em restauro.
Palacete 10 de julho (Prefeitura) - Teve sua construção iniciada em 1870 para ser a residência do Barão de Itapeva. As obras duraram 4 anos, mas somente em 1876 o Palacete foi inaugurado. Com a construção da nova sede da Prefeitura, em 2007, será iniciada a sua restauração, baseada em projeto aprovado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso- Edificada em princípios do séc XVIII, foi inaugurada em 1707. Em 1953, sofreu uma reforma que reconstruiu toda a fachada. Estilo neoclássico, com formas equilibradas.
Praça Monsenhor Marcondes - Até 1860 era denominada Praça Formosa. Em 1863 passou a se chamar Praça Monsenhor Marcondes por ocasião do falecimento desse sacerdote.
Fazenda Cabral - A fazenda recebe grupos e desenvolve um roteiro educativo, que mostra a produção do pé ao pó de café, mostrando a plantação, todas as fases da colheita e beneficiamento do café, do terreiro à fábrica, encerrando o passeio com um delicioso café na Casa do Café. O local também possui trilhas de fácil acesso, com a paisagem exuberante da região. Seu acesso se dá a partir da Estrada Municipal Manoel Canuto Vieira.
Clube de Campo - O Clube de Campo tem 37 anos de atividades e respeito ao meio ambiente. Localização privilegiada a 20 km de Campos, Taubaté e Pinda. Oferece quadras de tênis, poliesportiva, vôlei de areia, campos de futebol, saunas, lanchonete, churrasqueiras, piscina de água corrente, 2000 metros de rio cristalino, playground, restaurante, natureza, arborismo, tirolesa, rapel, bosque, bondinho até a porta, entre outras atrações.
Sítio Algodão Doce - A propriedade é considerada referência em caprinocultura, destacando-se como a melhor do Estado de São Paulo. Recebe, com freqüência, grupos de produtores e técnicos do Brasil e exterior, interessados no melhoramento genético implantado, além do projeto educativo de turismo para grupos e escolas. No passeio, o turista conhece a criação de caprinos e o processo de produção de leite e derivados, além da oportunidade de degustação dos produtos feitos na fazenda.
Arroz Preto Ruzene - Cultivado na China há mais de 4 mil anos, com fama de afrodisíaco, era chamado de “arroz proibido”, pois era consumido apenas pelo imperador. No Brasil, a pesquisa teve início em 1994, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), do Governo do Estado. As primeiras sementes cultivadas na agricultura brasileira para comercializaçãoforam plantadas pela Ruzene, na Fazenda Mombaça, em Pindamonhangaba.
Atende grupos pequenos, de até 4 pessoas, com agendamento. Av Albuquerque Lins, 138, sala 7. www.arrozpreto.com.br
Projeto Cerâmica - Projeto social com famílias de ex-funcionários da antiga cerâmica São Geraldo.
EFCJ - Estrada de Ferro Campos do Jordão - A Estrada de Ferro Campos do Jordão começou a funcionar por volta de 1915. Hoje, a viagem a Campos do Jordão dura cerca de 3 horas e atinge o ponto ferroviário mais alto do Brasil, 1.743m. Suas construções obedecem uma linha arquitetônica que se mantém inalterada através dos anos, formando um conjunto harmonioso, típico das ferrovias do passado. Os bondes em estilo inglês transmitem charme, conforto e tranqüilidade, enquanto de suas janelas pode-se avistar as maravilhas naturais. As automotrizes que fazem o percurso Serra da Mantiqueira são o carro chefe da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Mas existem, ainda, outras opções de passeio.
Os trens que atendem o roteiro turístico, de Pindamonhangaba ao Parque Reino das Águas Claras, realizam o trajeto em 40 minutos. Durante o percurso, o visitante tem a oportunidade de conhecer a zona rural do município, com suas antigas fazendas cafeeiras, ainda da época dos escravos, e os belos campos de cultivo de arroz e gado. Antes de fazer sua viagem entre, em contato para confirmar os horários do roteiro escolhido. Horários para Piracuama: 6h30, 11h30, 16h15 Para Campos do Jordão, sábados, domingos e feriados com saída às 10h Rua Martin Cabral, 87
Fazenda com sede atribuída ao bandeirante
histórico Borba Gato, que por volta de 1670, nos contra-fortes da serra de Quebra-Cangalha e vista para a Serra da Mantiqueira, refugiou-se da polícia imperial de Santa Luzia da distante Minas Geraes. Desde então a região é chamada de “Borba”.
No final do século XVII, a fazenda passou a pertencer a Antônio Bicudo Leme, um dos fundadores de Pindamonhangaba.
A fazenda ficou com a família por quatro gerações.
Por volta de 1835, o nobre de origem portuguesa Custódio Gomes de Varella Lessa, barão de Paraibuna, adquiriu a fazenda. Formou-a em café e construiu a capela, a senzala, a sala de banho dos escravos e uma segunda sede não mais existente.
Faleceu em 1855 e deixou viúva a baronesa de Paraibuna, Benedita Emília Bicudo Salgado (descendente de Antonio Bicudo Leme), que expandiu as atividades, demonstrando grande capacidade administrativa. Ela torna-se líder da elite agrária paulista, sendo agraciada com o título de Viscondessa de Paraibuna (1877). Foi a única mulher do Vale do Paraíba a receber um título nobiliárquico, independente do marido.
A Fazenda do Borba, com seus milhares de pés de café e centenas de escravos, passa então a ser administrada por seu filho Eloy Bicudo de Varella Lessa, agraciado com o título barão de Lessa em 1879. De 1910 a maio de 1999, a fazenda teve três proprietários, foi desmembrada e acabou caindo em inatividade.
Atualmente, a agora chamada Fazenda Borba Gato, já com seus atuais 246 alqueires em torno da sede bandeirista totalmente reformada e restaurada, passou por intensa revitalização de suas áreas históricas e naturais e teve inúmeras benfeitorias acrescidas.
O centro de Pindamonhangaba é a primeira opção. Uma volta pelas ruas proporciona o conhecimento de prédios do tempo do império, quando a cidade fervilhava como centro econômico e político da região. Estão ali ainda vários prédios históricos, sendo destaques o Palacete 10 de Julho e o Palacete Visconde da Palmeira. Os dois são datados de meados do século XIX. Vale ainda conhecer as Igreja de Nossa Senhora das Dores, datada do século XVIII, e a Igreja de São José, construída no século XIX.
Compras de coisas típicas e frutas do município podem ser encontradas no mercadão, junto à estação do trenzinho. O lugar também deve ser visitado, principalmente nos horários de saída dos trens, que fazem passeio até o Reino das Águas Claras, Piracuama e Campos do Jordão.
A atração da natureza está mesmo depois do Rio Paraíba do Sul, em direção aos bairros do ribeirão Grande e Piracuama. Nessa região, estão as cachoeiras, ribeirões para banhos e locais com comida típica e truta.
Subindo pela estradinha toda asfaltada do bairro do Ribeirão Grande, pode-se fazer um roteiro que vai da aventura, passando pelos sabores, até a meditação oriental. Ficam na estrada os mais procurados restaurantes de comida típica e barzinhos para uma cerveja gelada. O próprio ribeirão Grande é a atração maior para banhos. Alguns locais cobram entrada e estacionamento de carros, outros são livres, principalmente pela ponte metálica no centro do bairro.
Mais acima a atração é para quem quer meditar. Fica ali a Nova Gokula, comunidade Hare Krishna, onde pode-se meditar, saborear as comidas naturais e comprar produtos feitos pelos moradores do local. Lógico, por mais que se esteja no sertão de Pinda, parece que o local é um pedaço da Índia. Subindo mais um pouco, chega-se a um trutário, onde pode-se pescar e saborear o peixe na hora.
Para os aventureiros, existem trilhas pela mata que dão acesso à serra, com término em Campos do Jordão. Alguns locais como um trutário e o próprio Pico do Itapeva, que pertencem a Pinda, têm acesso somente por Campos do Jordão.
O Moreira César
A área hoje considerada a região central de Moreira César se formou a partir da capela de Santa Cruz, construída em terras doadas pelo capitão Claro Monteiro César, no mesmo local onde hoje existe a matriz de São Vicente de Paulo. A localidade era então conhecida como Barranco Alto, sendo o ponto de partida para quem tinha como destino o centro de Pindamonhangaba, passando por dentro da fazenda Coruputuba. O nome primitivo da região de Moreira César era “Nhambuí”, que na língua tupi-guarani significa “a noz que arrebenta”. Os indígenas se referiam ao fruto da mamoneira, a mamona, que, quando seco se arrebenta. Nos tempos da colonização, as mamoneiras eram a vegetações mais comum do lugar.
Em 1817 o lugar é citado por viajantes como sendo Taipas, um pouso de cavaleiros, e, em 1822, historiadores contam que D. Pedro I parou para descansar na “figueira de Taipas” .
Aos 7 de janeiro de 1898, surgiu a “Estação Moreira César”, numa justa homenagem ao coronel Antônio Moreira César, vitimado no comando das tropas governamentais durante a Campanha de Canudos nos sertões da Bahia. Em 1962, é oficializado como Distrito de Moreira César.
O Reino das Águas Claras é um dos locais de turismo mais procurados de Pindamonhangaba. O local, construído pela Estrada de Ferro Campos do Jordão, tem o Ribeirão Piracuama passando por ali, proporcionando lazer para toda a família. Proporciona banhos em água corrente, sendo que em alguns locais se formam imensas piscinas naturais.
Foi criado em 1970 e ocupa uma área de mais de 20 mil metros quadrados. Para atender aos interessados, a estrutura oferece banheiros, lanchonetes, guarda-volume, parque infantil, churrasqueiras, quiosques e área para piquenique.
No parque estão também várias reproduções de personagens dos livros de Monteiro Lobato, lembrando principalmente os moradores imaginários do Reino das Águas Claras. A entrada no parque tem o pagamento de ingresso. Abre todos os dias.
No mesmo bairro, ainda existem balneários particulares que também cobram ingresso.
Seguindo pela estrada, muitos turistas preferem entrar no ribeirão por conta própria, usando os acessos localizados junto à ponte.
Quem quer mais aventura e sossego pode seguir a estradinha, entrando no Núcleo Turístico Piracuama, onde tem várias pousadas e clubes. Mais acima do centro do bairro, pode-se procurar locais à beira da estrada para tomar seu banho refrescante. Mas todo cuidado é pouco, devido às pedras do rio e também procurar não invadir
Águas ainda são claraspropriedades particulares. A estradinha continua e, em seu final, existem trilhas que saem em Campos do Jordão.
Trem - O local é acessado pela Rodovia Pindamonhanga/Rodovia Campos do Jordão, km 17. Quem quiser mais aventura pode fazer a viagem de trem, partindo de Pindamonhangaba em vários horários. Leva meia hora até o local, passando pelas propriedades rurais e margenando o ribeirão. Esse mesmo trem faz o percurso também até Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão. A linha foi criada em 1914 para atender aos enfermos que procuravam tratamento na serra. A partir de 1970, passou a funcnionar somente com turismo, sendo um dos passeios mais procurados do Brasil