Localização: Região Metropolitana de São Paulo, junto a Rod. Pres. Dutra
Ext. Territorial: 361 km²
Altitude: 655 metros
Habitantes: 50.453
Hidrografia: Rio Jaguari e Rio Parateí
Limites: Nazaré Paulista, Igaratá, Jacareí, Guararema e Mogi das Cruzes.
Distâncias:
São Paulo - 58 km
Arujá - 18 km
Igaratá - 20 km
Temperatura: Média de 15 º a 20º C
Clima: Subtropical
Santa Isabel, cujo nome foi dado em homenagem à Rainha de Portugal, teve sua origem a partir de 1770, sendo formada indiretamente pela corrida do ouro. Em 1720, ocorreu a “Revolta de Vila Rica”, tornando-se mais difícil a vida nas vilas de mineração. Com o esgotamento das minas e consequente retorno à região de origem, esse pessoal espalhou-se pelo Vale do Paraíba, ao sabor de seus recursos e conveniências, dando prosseguimento à promissora cultura do café, principal fonte de recursos do Império Brasileiro, que se agrupava em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Preocupados com as dificuldades de transporte entre a Capital do Império (Rio de Janeiro) e a emergente mas já importante província de São Paulo, o governo do Império houve por bem construir povoações ao longo da rota, facilitando os recursos, como mantimentos, pouso e troca de animais das caravanas.
Foi nesse momento que a história de Santa Isabel se iniciou: existia próximo à cidade de Jacareí uma fazenda, a Morro Grande, a qual abrangia uma área grande, concentrando-se nessa fazenda um pequeno número de índios e escravos, que, instalados no local, formaram um povoado.
Esse povoado incipiente ganha vida nova com a chegada de algumas famílias de valeparaibanos, que, de retorno das minas, ali se instalam, dando início a um pequeno posto de entre-trocas comerciais.
Por determinação do Império, o Município de Mogi das Cruzes passou a ter responsabilidade de administrar alguns povoados que ao seu redor se espalhavam, o que resultou na inclusão da Fazenda Morro Grande, não obstante sua distância com o município de Jacareí.
O pequeno povoado seguiu tranqüilamente sua existênciae aos poucos foi crescendo, com novas famílias que ali se estabeleceram por causa do comércio e pelo desenvolvimento trazido com a abertura de estradas, que serviam como opção para os que do Vale do Paraíba iam para São Paulo. Foi elevada a categoria de Freguesia em 5 de janeiro de 1812 e no mesmo ano foi transformada em Vila. Finalmente, em 1832, foi criado o município de Santa Isabel, e, em 1893, tornou-se sede de comarca.
A cidade ainda guarda recantos de sua longa história de pouso importante no caminho dos viajantes que iam pra Minas Gerais e Vale do Paraíba. Este caminho era conhecido como Caminho dos Índios, existindo ainda trechos na zona rural.
Igrejas centenárias, como a dedicada a São Benedito e o obelisco, construído em 1894 pra comemorar a abolição dos escravos, conservam suas originalidades. Fica no Largo 13 de Maio.
A Igreja do Rosário é a mais antiga da cidade, datada de 1723, com arquitetura original em taipa, construída por escravos.
A Igreja Matriz localiza-se em um ponto relativamente alto. Pode-se ter uma visão panorâmica da cidade, bem como avistar a Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat. Foi construída no início do século. Apesar de ter uma edificação simples, possui um ajardinamento muito bonito, com escadaria e morro aplanado.
Procurando com paciência, pode-se ainda encontrar sinais das tradições, como o artesanato em madeira, pratos típicos, grupo de moçambique e violeiros, que até têm uma associação local, onde se apresentam costumeiramente. Localizada na Ladeira de Monte Serrat, foi construída em meados do século XIX, com a utilização de mão de obra escrava. O material utilizado na sua construção é taipa, e compõe-se de uma só nave com duas torres e uma cruz central. A imagem atual de Nossa Senhora de Monte Serrat é uma cópia da original, que há anos foi roubada do templo e que, segundo consta, veio da França trazida pelos devotos. Essa capela é situada no Alto do Monte Serrat, espelhando uma vista de quase todo o Município. A festa de Nossa Senhora do Monte Serrat é realizada no mês de agosto.
O centro da cidade se modernizou, com ruas comerciais que se tornam centro de compras dos paulistanos. Nos finais de semana,
as lojas, restaurantes e supermercados lotam desses turistas de dois dias, que tem casas na cidade ou alugam um sítio para festas.
Para quem quer um banho natural, a Cachoeira do Ouro Fino oferece isso. Fica na estrada que liga Santa Isabel a Igaratá, distante 7 km do centro da cidade. Aproveitando a beleza da maravilhosa cachoeira, a prefeitura transformou-a em Parque Municipal, contando com uma área de 23 mil metros quadrados, com infra-estrutura completa: parque infantil, diversos quiosques, minipiscina de água natural, lanchonete, vestiários, banheiros, churrasqueiras, mesas para jogos, bosques etc.
Recebe um grande número de turistas nos finais de semana, propiciando um entretenimento de alto nível pela população local. Procurar o Museu da Casa Rural, na cidade, fica meio difícil. Mas procure pelo Mauro Morini que fica mais fácil. Ele é um publicitário paulista que gostou do lugar e fixou morada, instalando-se num recanto muito tranquilo. Seu sítio, que se chama Embaúba, fica numa das ruas da Route 55, onde quem chega volta ao passado caipira da região, tantas são as peças que ele conseguiu colecionar.
Começa pela decoração de sua residência, um verdadeiro museu da história cotidiana. No banheiro, tem-se contato com os antigos
utensílios de higiene pessoal. Pela casa, móveis, equipamentos domésticos e decoração também se voltam ao passado.
Nas varandas e no quintal a maior atração: um museu a céu aberto, com mais de 500 peças rurais, que vai desde um pequeno ralador até um engenho de cana de açúcar do século XIX. Sem falar nas panelas e medidores de ouro em pó, do tempo das minas.
Até a casinha do caipira está lá, construída em pau-a-pique, mostrando como nossa gente vivia no passado. A casinha tem móVolta
ao passado rural veis e utensílios dos caipiras. Segundo Mauro, sua paixão pelas coisas antigas foi o que o levou a montar o museu particular. Atualmente ele recebe grupos para visitação com reserva antecipada e até prepara um almoço, onde sua especialidade é a galinha com ora-pro-nóbis.