Localização: Serra da Mantiqueira Estado de São Paulo
Ext. Territorial: 133 km²
Altitude: De 1100m a 1800m
Habitantes: 6.510
Hidrografia: Rio da Prata
Limites: Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Pindamonhangaba, Monteiro Lobato e Sapucaí Mirim - MG.
Distâncias:
São Paulo - 173 km
Rio de Janeiro - 350 km
Belo Horizonte - 489 km
Campos do Jordão - 19 km
Taubaté (Dutra) - 37 km
Temperatura: Entre - 2º C e 30º C
Clima: Frio
Pesquisas históricas recentes, realizadas pela historiadora Lia Mariotto, de Taubaté, confirmam que pela localidade passava o antigo Caminho dos Guaianases. Foi por este caminho que entraram os primeiros exploradores, conforme documentos encontrados pela pesquisadora. Incluindo a viagem do bandeirante Martin Correa de Sá em 1596. Sua imensa comitiva saiu do Rio de Janeiro, desembarcou em Paraty e subiu a Serra do Mar, via Cunha, passando por Lagoinha, Taubaté, Tremembé e subindo a Serra da Mantiqueira, via garganta do Piracuama, seguiu pra Minas, pelo Vale do Sapucaí.
Em 1785 foi concedida a primeira sesmaria da região pela Capitania de São Paulo, no Sertão do Alto do Sapucaí Mirim. Um conflito se instalou por muitos anos, por causa da disputa da divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
Em 1809, foi aberto um caminho pelos mineiros em terras da Vila de Pindamonhangaba, mas logo foi fechado. Após um acordo amigável em 1811, ficou combinado que continuaria aberta a estrada com uma guarda mantida por São Paulo. Na região onde existe hoje a cidade de Sapucaí Mirim, estabeleceram-se moradores.
Em abril de 1814, Minas retirou a guarda do local combinado e, em julho, instalou um quartel no alto da Serra da Mantiqueira. Em 31 de agosto do mesmo ano, Pindamonhangaba obrigou os mineiros a retirarem o quartel, que ficou abandonado até novembro, quando foi queimado por autoridades.
Com a abertura oficial da estrada em 1811, a região começou a prosperar. Com a fundação da Freguesia de São Bento do Sapucaí, em 1828, as terras do alto da Serra ficaram pertencendo à nova freguesia.
Foram feitas muitas doações para a Capela de Santo Antônio no local denominado Fazenda Pinhal. A mais conhecida delas ocorreu em 1856, quando o senhor Antônio José de Oliveira e sua mulher doaram terras ao santo de devoção. Após cem anos de submissão, os descendentes dos antigos povoadores decidiram conquistar a independência. O antigo Bairro do Pinhal dependia unicamente de São Bento do Sapucaí, mas graças aos esforços de pinhalenses, após demandas judiciais, comemorou-se a emancipação em 1960.
Voar como pássaros, voar nos pensamentos e pela história do lugar. Respirar ar puro, saborear
a boa culinária da cidade, visitar os recantos e fontes de água de Santo Antônio é atividade pra qualquer turista que busca o sossego do lugar.
Mas, andando um pouco pelas ruas, pode-se descobrir ainda a cultura típica do lugar, tanto pela culinária como pelos passantes, ainda com seu jeito de caipira, chapéu na cabeça e, até mesmo, uma parada no Bar do Pimenta, onde pode-se admirar a atração do lugar. Cerca de 2 mil litros de cachaça de várias marcas enfeitam as prateleiras do lugar. É só sair pelas estradinhas rurais pra encontrar mais atrações.
A Estrada do Machadinho tem especialista em ervas, pousadas rústicas em meio ao verde e até cerveja artesanal. A Bodega é um dos templos da boa cachaça da região. Ali, o proprietário Seu Ernesto se esmera em preparar a bebida com mais de 40 sabores de ervas e frutas. O trabalho é artesanal, com algumas bebibas que levam até um ano pra ficarem no ponto, pois ficam em descanso em tonéis de madeiras especiais para aprimorar o sabor. Vale a parada para compras e um bom papo. Em suas épocas, Seu Ernesto colhe de sua lavoura caqui, atemóia, framboesa e fruta do conde, que ele vende no mesmo local. Outras estradinhas de terra, cortando a mata, estão sempre sendo usadas por esportistas amantes da cavalgada, passeio a pé ou ciclismo.
Há sempre uma atração a mais pra se ver e até cachoeiras para banhos gelados. Por esses caminhos é sempre bom levar um lanchinho, água e ir em grupo.
Produtos - Todos os domingos, durante o dia, os turistas e moradores podem adquirir produtos orgânicos produzidos por 90 produtores rurais do município. A oferta é variada, com artesanato, ovos caipiras, verduras, frutas, embutidos, queijos, doçaria, mel e geleias de frutas nativas. A feira funciona no quiosque da Praça do Boulevard. Informações na Associação dos Produtores Rurais de Sto Antônio do Pinhal.
Voo – Os novos aventureiros buscam o lugar pra outro tipo de sabor. O sabor de sentir o vento no rosto, voando como um pássaro. A trilha de todos é subindo o Pico Agudo, com 1600 metros de altitude. Dali se avista todo o Vale do Paraíba lá embaixo. Com bom tempo, os amantes de voo livre estão lá todo final de semana para saltar de asa delta ou paraglider. Além dos esportistas
de vários locais do Brasil, ali vários instrutores levam seus alunos pras primeiras aulas. Esses instrutores ficam sediados em Santo Antônio mesmo.
Orquídeas - Em 1929 chega em Santo Antônio do Pinhal as primeiras famílias japonesas, que se instalaram na Fazenda Renópolis e posteriormente formaram a Colônia Renópolis. No inicio, tiveram como fonte principal a agricultura, migrando depois para o cultivo de flores, principalmente as orquídeas.
Santo Antônio do Pinhal também se tornou uma referência por causa do clima, e hoje a produção da flor soma aproximadamente
50 mil vasos e 150 mil galhos por ano, sendo cultivada em 13 propriedades. As variedades mais comuns são a cymbidiun - a pioneira, cujas primeiras mudas foram trazidas do Japão há 35 anos -, e a oncidiun, mas existem muitas variedades raras.
A família Kawakani é uma das maiores produtoras, com 15 mil vasos e 25.000 galhos por ano, comercializados principalmente em Holambra (SP). As primeiras mudas, da variedade cymbidiun, vieram experimentalmente de Teresópolis (RJ) e os resultados foram muito satisfatórios. Tempos depois, Katayama importaria cerca de 20 mil mudas do Japão, dando início à tradição das orquídeas na serra da Mantiqueira.
Durante o mês de julho, dentro da programação do Festival de Inverno, acontece todos os anos a Festa da Orquídea.
Bem na entrada da cidade, os turistas encontram uma atração que já tem quase 100 anos. A Estação Eugênio Lefévre, conhecida como “Estação do Bondinho”, faz parte do complexo de linha férrea de Pindamonhangaba a Campos do Jordão.
Deste ponto pode-se fazer um passeio de 19 km até Campos do Jordão ou para o Reino das Águas Claras, em Pindamonhanagaba,
onde há apenas um horário por dia. No local tem um orquidário, loja de artesanato e uma lanchonete, onde a atração é o bolinho
de bacalhau, além de lanches diversos e café.
Água - A cidade tem três fontes de água potável, localizadas na Av. Carvalho Pinto. A Fonte São Geraldo tem águas magnesianas. A Santo Estevão, com águas ferruginosas. A Santo Antônio tem águas radioativas na fonte, sendo a mais procurada pelos moradores
e turistas.
Mirante do Cruzeiro - Vista de toda a cidade, onde está a trilha ecológica das cruzes, com 1km e calçada.
Mirante Nossa Senhora Auxiliadora - Fica próxima a Estação Lefréve, tendo vista para o Vale do Paraíba.
Igreja Matriz - Construção de 1924, no mesmo local onde havia a antiga capela em madeira em 1811.
Mesmo com a mudança direcional da economia de Santo Antônio, a cidade ainda guarda resquícios da cultura regional, que no passado era forte. Um dos que estão ainda na ativa é o violeiro Santiago Motta, que canta junto com seu parceiro, formando a dupla Santiago e Valério. Santiago lembra das antigas manifestações do lugar, como a reza da encomenda, a Folia de Reis e a dança de São Gonçalo.
Presépio - O jovem Gustavo risca suas violas nos finais de semana, como paixão mesmo. Durante a semana, trabalha com seus consertos de equipamentos domésticos. E é exatamente com as sobras das peças que ele cuida de outra arte que herdou do avô e quer continuar. Zé Motta, que criou o presépio da cidade, montado com motivos caipiras. Sua arte já tem 30 anos, alegrando os finais de ano da cidade. O cenário são casinhas caipiras, moinhos, animais e rios e pontes. Tudo reproduzido fielmente e com movimentos.
São mais de trinta figuras, tudo com movimentosfeitos a partir dos motores das máquinas, que trabalham por baixo de um tablado. Todos os anos, Gustavo faz uma nova peça pra aumentar a tradição.
Madeira em arte - Conhecer o publicitário Eduardo Miguel é confirmar que tudo pode dar certo, é só querer fazer. Ele largou tudo
Feira dos produtores da vida moderna e foi instalar seu cantinho pra colocar suas ideias em prática. Atualmente faz trabalhos em madeira usando essencialmente resíduos de árvores e madeiras de demolição. Um galho torto mais um pedaço de tábua transformam-se rapidinho em uma cadeira. E o detalhe é que ele não usa prego nem cola.