Localização: No médio vale do Rio Paraíba
Hidrografia: Rio Paraíba do Sul, Rio Jaguari, Rio Turvo, Rio Comprido, Rio Buquira e Rio do Peixe e seus afluentes.
Extensão Territorial: 1.099,6 km²
Altitude: 600 m
Habitantes: 643.603
Limites: Camanducaia, Sapucaí-Mirim, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Caçapava, Igaratá, Joanópolis, Piracaia
Distâncias:
São Paulo: 97 km
Rio de Janeiro: 343 km
Brasília: 1.087 km
Temperatura: média anual de 21,3 °C
Clima: Mesotérmico úmido com estação seca no inverno
As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.
Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Esse núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficava numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antônio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.
Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.
Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas. Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.
Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.
Indústrias e centro de compras
O processo de industrialização de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) - hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.
Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
A noite se foi, o dia chegou
Neblina subiu, Banhado raiou
Te vejo crescer, Sinto teu pulsar
O aço aqui teceu o amanhã.
Cuida bem seus passos, Não se estrague não
Se precisar de mim é só chamar
Eu estou embaixo do seu asfalto,
eu sou seu chão.
Somos caboclos, somos caipiras
Tupis, tamoios, piraquaras.
Somos paulistas, mineiros, tupis
nortistas, piraquaras.
Somos caboclos, americanos
Tupis, nisseis e piraquaras.
São José criança, São José peão,
São José mulher, São José avião..”
Este poema musical do músico Ronaldo Santos, de São José dos Campos, retrata muito bem o que significa a formação e a grandiosidade dessa cidade. E hoje, quem chega de avião em São José dos Campos tem uma visão deslumbrante da imensidão de prédios emergindo das várzeas. Ao meio, uma grande avenida, a Rodovia Presidente Dutra, e o majestoso e lendário Rio Paraíba do Sul, que outrora norteou a história da região.
Em muito menos tempo que o rio, a pequena vila foi se espalhando, ganhando nome e se fazendo importante mundialmente..
Dali o Brasil vigia o mundo e ajuda muita gente a atravessar o planeta mais rápido. Em meados do século passado ainda era uma pequena cidade do interior, passagem para outros centros. A partir de então, com a industrialização e o êxodo rural, tudo foi mudando.
Para ali aportou gente de todo canto, principalmente os caipiras do Vale e de Minas Gerais, exauridos pela decadência da agricultura e, principalmente, buscando melhores condições de vida.
Por isso mesmo que a cidade é hoje uma colcha de retalhos e, com isso, uma profusão de culturas e costumes ainda vivem. Apesar dos shoppings, esses migrantes preservam suas raízes através da vivência de grupos folclóricos, violeiros e os sabores típicos, mesmo que ignorados pelos ditos mais modernos. Basta ir para um dos bairros urbanos, pra se sentir que está em uma pequena cidade do interior. Esse clima aparece mais no Bairro de Santana, onde os mineiros foram se estabelecendo.
O Mercado Municipal é outro termômetro de que o simples e natural ainda é real.
Hoje a cidade vive um tempo em busca de suas raízes autênticas e a procura de um novo perfil de seus moradores, olhando para o céu, tentando entender a modernidade que veio como um de seus foguetes, rápida, mas não esquecendo de olhar pra seu chão, onde estão suas verdadeiras formações históricas.
Por isso, passear pela moderna São José requer um olhar atento, objetivando reconhecer o que representa cada região da cidade e as maneiras de seus moradores viverem.
São José dos Campos é um dos mais importantes centros de tecnologia de ponta da América Latina. O início do processo de criação de um núcleo de excelência em tecnologia remonta às décadas de 1950 e 1960, quando o Governo Federal implantou no município o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Atualmente, das 24 empresas que compõem a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (A.I.A.B.), 14 estão situadas neste município, produzindo satélites, foguetes e aviões que são exportados para os cinco continentes. Av. dos Astronautas, 1758 – Jardim da Granja. Das 8h às 12h - 13h30 às 17h30. www.inpe.br/
MAB - Memorial Aeroespacial Brasileiro - O MAB foi inaugurado em 2004. A construção foi feita pelo CTA em parceria com a ABCAer e com colaboração da Prefeitura e empresas ligadas à aeronáutica e espaço.
O Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) resgata a história da conquista em projetos bélicos, aeronáuticos e espaciais pela cidade,
considerada pólo tecnológico industrial. Seu acervo mostra maquetes de diversas aeronaves de produção nacional, réplicas de foguetes, aviões mísseis de uso pelas Forças Armadas. Também estão em exposição, projetos desenvolvidos por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e pesquisas realizadas no Centro Aeroespacial Brasileiro (CTA), como o motor de carro a álcool.
Visitas agendadas: de terça-feira à sexta-feira, no horário das 8h30 às 16h, para escolas (ensino fundamental, médio, superior), instituições, grupos, delegações etc. Sábados, domingos e feriados: aberto ao público das 9h às 16h45, sem necessidade de agendamento prévio. Entrada franca. mab@cta.br.
Embraer - Em 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica,
companhia de capital misto e controle estatal, privatizada nos anos 90. Com o apoio do Governo Brasileiro, a Empresa iria transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial. Além de iniciar a produção do Bandeirante, a Embraer foi contratada pelo Governo Brasileiro para fabricar o jato de treinamento avançado e ataque ao solo EMB 326 Xavante, sob licença da empresa italiana Aermacchi.
Já foram produzidos pela Embraer mais de 5 mil aviões, que operam em 92 países, nos cinco continentes, tornando-a líder no mercado de jatos comerciais com até 120 assentos, além da fabricação de alguns dos melhores jatos executivos em operação e da entrada em um novo patamar no setor de defesa. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170, jardim da Granja
Parque Tecnológico - O Parque Tecnológico de São José dos Campos faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. Foi criado em 6 de fevereiro de 2006 e resulta da parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura.
Está localizado no km 137,8 da Rodovia Presidente Dutra, no distrito de Eugênio de Melo, em um terreno de aproximadamente
1,2 milhão de metros quadrados. A área construída é superior a 36 mil metros quadrados. Tem quatro Centros de Desenvolvimento Tecnológicos, que atuam nas áreas de energia, aeronáutica, saúde e recursos hídricos e saneamento ambiental.
Parque da Cidade Roberto Burle Marx - Mais conhecido com Parque da Cidade, o Parque Municipal Roberto Burle Marx ocupa
atualmente uma área de 960.160,17m², área esta que foi parte da antiga Fazenda da Tecelagem Parahyba, possuindo obras arquitetônicas assinadas pelo Arquiteto Rino Levi (residência de Olivo Gomes, a usina de leite e galpão gaivotas) e o tratamento paisagístico de Roberto Burle Marx (incluindo os painéis existentes na residência), formando um dos mais importantes trabalhos da arquitetura moderna brasileira, dando ao Parque da Cidade reconhecimento internacional.
Tombado como patrimônio histórico pelo COMPHAC, é transformado em Parque Municipal em 1996. Possui uma ampla área verde com espécies arbóreas declaradas imunes de corte (palmeiras imperiais, macaúbas e seafortias).
Possui extensa área verde, lago, ilha artificial destinados ao lazer contemplativo, fazendo com que as pessoas se sintam próximas à natureza através das trilhas que cortam o parque, propiciando caminhadas agradáveis, onde pode-se observar alguns animais típicos da região tais como capivaras, garças, macacos e tucanos. Possui, ainda, pista para caminhada e locais destinados a eventos,
como shows de música, teatro e dança, ao lado do Museu do Folclore administrado pela Fundação Cassiano Ricardo.
O programa Conhecendo o Parque da Cidade, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, promove visitas monitoradas no Parque da Cidade Roberto Burle Marx com o objetivo de mostrar para a população todo o patrimônio cultural e ambiental nele presente, trazendo um resgate histórico desde a fundação da Tecelagem Parahyba no início do século 20. De segunda a domingo, das 6h30 às 17h30.Rua Olivo Gomes, 100 – Santana-
Parque Alambari - O parque público Alambari foi implantado na região leste em 2008. O parque abrange uma área de 11,70ha, contendo uma extensa área de mata nativa e de reflorestamento voltada para o lazer contemplativo. Além dessa área, o parque conta com espaços destinados ao lazer ativo, compreendendo: trilhas para caminhada, playground, estações de ginástica, campo de futebol, vestiário, quadra, sendo que estes espaços estão servidos por bancos e mobiliários urbanos como lixeira, placa de sinalização e iluminação. Rua Benedito Resende de Souza e Rua Alceu de Andrade, entre o Jardim Mariana II e o Campos de São José - Região Leste
Parque Caminho das Garças - Com área de 28 mil m², a implantação do Parque Caminho das Garças no Bairro do Putim visa atender a necessidade de lazer local e a recuperação ambiental da área. É servido por uma agradável área verde, com quadra de futebol de areia, quadra poliesportiva, brinquedos e bosque. Aberto ao público - Avenida Rodolfo Castelli - Bairro Putim - Região Sudeste
Parque Ecológico Sérgio Sobral de Oliveira - O Parque possui uma área de 50.000m², formado pelas áreas verdes e de lazer oriundas do loteamento Jardim Santa Inês I, sendo que sua urbanização foi fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e a Petrobrás (REVAP).
Abriga área de bosque formada através do plantio de 300 árvores como o pau-brasil, quaresmeiras, sibipirunas e aribás, locais ajardinados e áreas destinadas a lazer ativo, com pista para caminhada com extensão de 1.500m, equipamentos para recreação infantil, campo de futebol com arquibancada para 1.500 pessoas, 2 pistas de skate, 2 quadras iluminadas e local para apresentações e eventos com acomodação para mil pessoas.Aberto ao público. Rua Ricardo de Paiva Vieira, s/nº - Jardim Santa Inês I - Região Leste
Parque Santos Dumont - O Parque Santos Dumont, inaugurado em 23 de outubro de 1971, esta localizado na região central da cidade, ocupando uma área de 46.500,00 m2.Exibe área verde e de lazer, com pista para caminhada e equipamentos de ginástica
para prática de exercícios e corridas, quiosques com churrasqueiras, pista de skate e playground. Para o lazer contemplativo, possui ainda jardim japonês e um lago de criação de peixes e aves. Em homenagem ao pai da aviação, Alberto Santos Dumont, e buscando consolidar a identidade assumida pela cidade em função do seu extenso parque aeronáutico, o Parque Santos Dumont abriga exemplares aeronáuticos como a réplica do avião 14 BIS, o protótipo do avião Bandeirante e maquetes de foguetes da família Sonda. Está em fase de construção a réplica da residência de Alberto Santos Dumont. Das 4h às 22h para caminhada e para as demais atividades das 7h às 16h45. Rua Engenheiro Prudente Meirelles de Moraes, 1000 - Vila AdyAna.
Parque Senhorinha - O Parque Senhorinha foi projetado como um parque linear ao longo do córrego do Senhorinha. O uso do parque é diversificado, contendo espaços para várias atividades de recreação contemplativa e ativa para diversas faixas etárias. Dada a linearidade do projeto, foram estabelecidas estações ao longo da pista de caminhada que percorrem e estruturam o parque, estações estas com áreas específicas que abrigam equipamentos de ginástica, áreas com brinquedos e mobiliários urbanos como lixeiras, placas de sinalização, escultura. Aberto ao público. Avenida Salinas s/nº - Região Sul
Parque Vicentina Aranha - O Parque Vicentina Aranha abrange área de terreno de 84.500m² e 11.080,83m² de construção. O espaço é aberto para a prática de caminhada em um extenso bosque com área de 43.887,90m², separado em canteiros com paisagismo e canteiros com bosque e algumas espécies raras e centenárias como mogno, peroba rosa, jequitibá, jacarandá da Bahia, Gonçalo Alves, pau-mulato, jatobá, brauna preta, aratibá, guarantã, cabreúva vermelha, louro pardo e outros.
Os prédios e a capela fazem parte do antigo Sanatório Vicentina Aranha, complexo arquitetônico considerado uma das mais importantes construções da fase Sanatorial da América Latina.
O Parque Vicentina Aranha é um Bem Cultural do Município que ocupa área do antigo Sanatório Vicentina Aranha, datado de 1924, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo. A Prefeitura de São José dos Campos assinou a desapropriação amigável do local. Das 6h às 21h. Rua Engº Prudente Meireles de Moraes, nº 302 - Vila AdyAna.
Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (antigo Horto Florestal) - criado em 2010, é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. O objetivo deste tipo de unidade é proteger e preservar unidades importantes ou sistemas completos de valores naturais ou culturais, proteger recursos genéticos, desenvolver educação ambiental e pesquisa científica.
Centro de Eventos - Localizado no núcleo do Parque Tecnológico. É um espaço destinado a abrigar feiras, convenções e semináriosdos segmentos empresariais e educacionais.
O espaço tem um pavilhão com 5.400 metros quadrados, dois auditórios - um com capacidade para 800 pessoas e outro com 300 lugares -, áreas de recepção, ambientes para mostras e exposições, salas de trabalho e reuniões, refeitório e cozinha. Tem estacionamento para 1.500 veículos e um heliporto. Via Dutra, km 137,8, distrito de Eugênio de Melo.
A Fundação Cultural Cassiano Ricardo foi criada, em 1986, para gerir a cultura da cidade. Até 1998, atuou por meio de nove comissões municipais das áreas de: Arquitetura, Artes Plásticas, Cinema e Vídeo, Dança, Folclore, Fotografia, Literatura, Música e Teatro, que compunham o Conselho Deliberativo
da instituição. A partir de 1998, o Conselho Deliberativo passou a ser composto por 27 integrantes (e dois respectivos suplentes), que representam os diversos segmentos da sociedade, como as instituições empresariais e culturais. Em sua trajetória, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo consolidou importantes ações culturais em âmbito nacional nas mais diversas áreas da expressão artística, trabalhando para possibilitar ao cidadão joseense o acesso à cultura, caminho fundamental para o desenvolvimento humano. Atualmente a Fundação tem diversos Espaços Culturais espalhados pelos bairros da cidade. A sede central fica no Parque da Cidade, na Av. Olivo Gomes, 100 - Santana / São José dos Campos – SP Tel (12) 3924-7300
Arquivo Público - foi criado em outubro de 1993 e, desde então, guarda a história da cidade. Atualmente, conta com cerca de 800 conjuntos documentais datados desde o século XVIII em diferentes suportes (papel, filme, contatos, negativos), além de livros que, juntos, somam quase 3 mil metros linearesde documentos. Todo material está à disposição para consulta da população. Consultas on-line de periódicos (jornais) e documentos no site www.camarasjc.sp.gov.br
Biblioteca Pública - Biblioteca Pública Hélio Pinto Ferreira disponibiliza aos frequentadores local para navegar na internet, espaço de convivência para a leitura de jornais, revistas e livros. Seu acervo tem aproximadamente 13 mil títulos - incluindo alguns títulos em Braille. Além disso, o espaço conta com sala para leitura, ambiente para pesquisas, um local reservado para palestras e cursos, estacionamento e jardins com paisagismo. De segunda a sexta-feira, das 8h15 às 16h50.
Espaço Chico Triste - Localizado na Vila Tesouro, conta com dois ateliês, uma sala de exposição, um auditório e uma pequena biblioteca. Espaço oferece cursos nas áreas de dança, música, teatro e artes plásticas, exposições e apresentações. Terça a sábado das 8h às 22h. Rua Milton Cruz, s/ n° – Jardim São Jorge (Vila Tesouro) E-mail: ctriste@fccr.org.br
Centro Cultural Clemente Gomes - Ocupa o prédio que pertencia à Tecelagem Parahyba (no Parque da Cidade). No mesmo local, funcionam a sede da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, o Arquivo Público do Município e o Centro de Estudos Teatrais (CET). Oferece cursos nas áreas de dança, música, teatro e artes plásticas, exposições e apresentações. Segunda a sexta-feira das 8h às 22h / no mês de janeiro: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Endereço: Av. Olivo Gomes,
100 – Santana (Entrada pelo Parque da Cidade) -
EC Flávio Craveiro – Fica no bairro Dom Pedro I. Oferece cursos nas áreas de dança, música, teatro e artes plásticas. De terça a sábado das 8h às 22h / no mês de janeiro: segunda a sexta - 8h às 17h. Av. Lênin, 200 - Dom Pedro I - São José dos Campos/SP . fcraveiro@fccr.org.br
EC Julio Jorge Neme – Localizado em São Francisco Xavier, foi o primeiro criado pela Fundação Cultural, em 1994. Oferece cursos,
exposições e apresentações.
Espaço Cultural Sebastião Batista - Onde também são realizadas oficinas, sendo uma extensão do espaço Júlio Neme. De terça a sábado das 8h às 17h / no mês de janeiro - segunda a sexta - 8h às 17h. Praça Cônego Manzi, s/n - Centro - São Francisco Xavier
Revelando - Um dos maiores acontecimentos do folclore regional acontece todos os anos no Parque da Cidade, com a realização do Revelando São Paulo - Vale do Paraíba. O evento, coordenado pela Ong Abaçaí, de São Paulo, e a Fundação Cultural de São José dos Campos recebe os destaques da cultura popular de vários municípios do Vale. Acontecem desfiles de grupos folclóricos, rodas de viola, apresentações de violeiros e manifestações da religiosidade.
A parte de exposição é dividida em duas áreas. Uma pra o artesanato típico e outra para a gastronomia regional, com destaque para os pratos caipiras de várias cidades. O evento acontece sempre no mês de julho.
Festa do Mineiro - Acontece todo mês de abril, mostrando a música, dança e gastronomia do povo mineiro no bairro do Santana.
Feira da Barganha - Funciona há mais de 20 anos em São José dos Campos. Cerca de 60 comerciantes montam suas barracas para fazer troca e venda de produtos usados e novos. Além da troca e venda de produtos, a feira tem um setor de alimentação, para comercialização de pastel, salgados e caldo de cana. Todos os domingos, das 7h às 13h.Fica na rua Itororó, no Jardim Paulista, ao lado do Terminal de Ônibus Intermunicipal.
Orquestra de Viola Caipiraquara - Apresentações musicais de viola caipira. contato@caipiraquara.com. / www.caipiraquara.com.br
Cia Cultural Bola de Meia - é uma organização civil de direito privado, sem fins lucrativos, qualificada pelo Ministério da Justiça como OSCIP (Organização da sociedade civil de interesse público), fundada em 1989 na cidade de São José dos Campos, Vale do Paraíba Paulista. Tem por principal missão, pesquisa, transmissão e circulação da cultura popular brasileira, tradição oral e cultura da infância.
Seus integrantes atuam na formação permanente de educadores, buscam conexões entre cultura, educação e meio ambiente, acreditam que arte e cultura contribuem para a melhoria da qualidade do ensino, de vida e do planeta. - Rua Porto Príncipe, nº 40 - Vila Rubi - São José dos Campos/SP
Arimatéia - Conhecido pelos instrumentos que fabrica e que levam seu próprio nome - Ramá, que em grego significa Arimatéia, José Arimatéia de Oliveira, 42 anos, é luthier há mais de 20 anos em São José dos Campos. Daqui, instrumentos como viola, violão, baixo e cavaquinho, entre outros, já foram exportados para França, Israel e Estados Unidos.
O Museu do Folclore foi criado em 1997, com o objetivo de desenvolver ações de salvaguarda, divulgação, formação e informação
que levem à valorização do folclore na região. Atualmente, o museu é administrado em parceria com o Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP).O trabalho é feito em forma de exposições, palestras, ações de pesquisas e publicações com temas folclóricos.
Instalado em um dos prédios do Parque da Cidade, tem salas com painéis sobre a oficinas de tecnologias, usando produtos naturais e reciclados: religiosidade, santos e festas populares e exemplos da arte popular brasileira.
Possui a Biblioteca Maria Amália Giffoni, especializada em folclore e cultura popular, oferecendo ao público um acervo documental bibliográfico, uma hemeroteca, além de registros sonoros e audiovisuais atualizados. Dentre as ações da biblioteca, há o projeto ‘Ouvindo por Acaso’, que difunde
o acervo sonoro por meio da exibição de músicas da tradição e informações de diferentes manifestações regionais, não somente
aquelas do Vale do Paraíba, mas de diversas regiões do país, contribuindo para a riqueza cultural da música brasileira. Além de livros, a biblioteca do Museu do Folclore também conta com um acervo em áudio, vídeo e fotos, com um total de mais de 2.300 documentos voltados à cultura popular. Para fazer empréstimos (gratuitos), os interessados devem se cadastrar pessoalmente na biblioteca, apresentando RG, CPF e um comprovante de residência.
A Vendinha do Museu Vivo é onde o visitante pode adquirir objetos que testemunhem sua experiência de visita ao museu. Ela tem, uma capela que todos os anos no dia 15 de agosto atrai grande número de romeiros e cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso, conhecida pelo nome pitoresco de Nossa Senhora da Carpição.
O povo acredita que o cumprimento da tradicional cerimônia, ou “obrigação”, proporcionará aos devotos de Nossa Senhora da Carpição mais saúde, bem-estar e felicidade. Conta a lenda que quando construíram uma capela e não sabiam qual santo colocariam no altar. Quando foram limpar o terreno, um dos fiéis bateu a enxada no que julgava ser uma pedra, mas na realidade era uma imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
A santa sumiu do altar por duas vezes e foi encontrada no local onde foi achada pela primeira vez. Assim resolveram
construir ali uma ermida para abrigar a santa. Finalmente, em um 15 de agosto, no final do século XIX,veio o padre acompanhado de grande multidão e dedicou a igrejinha à Virgem do Bom Sucesso. Todos os anos a festa acontece e os fiéis fazem o ritual de pegar um pouco de terra e colocar em um montículo em frente a igreja.
O Museu do Folclore criado com o objetivo ser um espaço de divulgação e comercialização de produtos criados pelos fazedores do saber, que participam do projeto Museu Vivo.
A partir de uma instalação cenográfica de uma cozinha regional, com fogão, utensílios e paredes de taipa criou-se o espaço expositivo Panelas do Vale. A comida é cada vez mais valorizada como uma importante referência patrimonial: receitas, ingredientes,maneiras de fazer, até o costume de trocar receitas. O museu coordena também as apresentações dos grupos folclóricos durante todo o ano no parque e nos bairros.De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e 14h às 17h, sábados e domingos, das 14h às 17h. Parque da Cidade Roberto Burle Marx - Av. Olivo Gomes, 100 - Santana - São José dos Campos - SP
Depois do paredão de prédios da São José cosmopolita, basta se aventurar por alguns quilômetros para entrar em outro mundo. O mundo rural ainda presente no município.
Além do Distrito de São Francisco Xavier, que merece um capítulo à parte, entrando pelas estradinhas rurais encontram-se atrações e vida simples. Pelos lados do Bairro Bom Sucesso ainda estão os produtores de leite, muitos descendentes de mineiros. Quase todos esses produtores se concentram na Cooperativa de Laticínios de São José dos Campos, que tem quase oitenta anos de existência.
Nessa região fica também parte do lago da Represa do Jaguari, levantada bem na divisa com Igaratá. Devido à beleza que se formou, muitas propriedades foram transformadas em sítios de lazer do joseense. O lago é propício a esportes náuticos e a pesca.
Quem vai em direção a Monteiro Lobato encontra os pesqueiros à beira da estrada. Barzinhos tradicionais oferecem queijos e doces fabricados por ali mesmo. Ali ainda tem o Clube Cisne Real, que recebe associados e convidados, possuindo um parque aquático com piscinas e tobogãs de água. Entrando pela estradinha ao lado e seguindo por mais 17 km em estrada de terra, chega-se à Cachoeira do Roncador. Fica no Rio do Peixe e tem 45 metros de altura. Local muito procurado pelos aventureiros devido à beleza da queda d´água e à comida servida no restaurante da pousada que existe próximo à cachoeira. Está naquela região o Horto Florestal, que é uma das reservas ambientais do município, mas que não está recebendo visitas. Pela estrada que vai para Caçapava, que sai à direita, logo após a ponte do Rio Paraíba, chega-se ao Clube Luso Brasileiro, um dos melhores da cidade
Mesmo com a cidade ao fundo e a Rodovia Presidente Dutra, o Distrito de Eugênio de Melo tem sua importância na economia do município. O pequeno distrito guarda ainda suas características rurais, parecendo uma pequena cidade do Vale. Ali ainda estão os produtores rurais com as lavouras de arroz, mandioca e milho, principalmente descendentes de italianos. É uma das regiões beneficiadas pelo fechamento das represas de Jaguari, Sta Branca e Paraibuna que fez com que o Rio Paraíba diminuísse suas enchentes, proporcionando as lavouras de arroz. Mais recentemente, com a diminuição das águas os produtores conseguiram o plantio de milho e mandioca. O centro do bairro continua quase o mesmo, mas com movimento maior devido à industrialização do bairro.
O Distrito tem 96 Km² de área. Essa região teve no final do século XIX um papel importante na economia do município. Isso porque, do local, eram exportados grandes quantidades de café, cultivados na região. Esse fato deu origem à vila, que recebeu a denominação de Nossa Senhora dos Cafezais, levando à construção de uma Estação Ferroviária inaugurada em 1877. A geada de 1881 aniquilou os cafezais, obrigando os produtores a optarem por outras lavouras.
Em 1924, com a construção da Rodovia Rio/SP, recuperou a economia. É nesse quadro de aparente estabilidade que foi criado o Distrito de Eugênio de Melo em 31 de agosto de 1934.
Da época cafeeira em Eugênio de Melo, restam ainda alguns Patrimônios Históricos como a Estação Ferroviária e a Sede da estação de Eugênio de Mello foi inaugurada em 1898. A original era de madeira, e, de acordo com o relatório da Central de 1925, nesse ano, “a estação foi reconstruída em alvenaria”, mesmo estando fora do trecho que foi retificado em São José dos Campos. O nome era uma homenagem a Eugênio Adriano Pereira de Cunha e Mello, diretor da Central de 1889 a 1891. Inativa há muitos anos, continua bem conservada junto ao bairro que se formou à sua volta.
O Jequitibá Vermelho (Rosa) - Está ainda ali, à beira da estrada que liga o distrito a Caçapava, sustentado por alavancas de ferro, o majestoso e imponente jequitibá-vermelho, com idade aproximada de 500 anos, a árvore, que se transformou em um dos símbolos da defesa do meio ambiente de São José, foi declarada imune de corte em 1993.
São Francisco Xavier
Em 1883, escravos trouxeram uma imagem de São Francisco Xavier vinda do Rio de Janeiro. Construíram uma capelinha, onde os tropeiros paravam e faziam suas preces. Ali muitas famílias resolveram ficar e plantar num pedaço de chão. Nessa época, a região servia de passagem e pouso para tropeiros que vinham de Minas Gerais para São Paulo e vice-versa. A trilha utilizada descia a Serra de Santa Bárbara por entre a mata fechada, passando pelo Roncador e Água Soca, dirigindo-se para o bairro de Santana, o principal núcleo comercial da época.
O distrito de São José dos Campos foi criado oficialmente em 1892 e, devido ao seu relativo isolamento, passou por um longo período cuja sobrevivência dependeu exclusivamente da agropecuária. Entre 1912 e 1914, construiu-se em sistema de mutirão a primeira Igreja (ainda de taipa), conhecida como Capela.
Nesse período, todos as melhorias urbanas eram executadas pelos moradores locais.
Um marco histórico do distrito aconteceu durante as Revoluções de 30 e 32.
Por situar-se no alto da Serra da Mantiqueira, em lugar de difícil acesso, a região foi um dos refúgios estratégicos dos paulistas.
Durante a Revolução, 150 soldados ficara vigiando a fronteira. Não houve confronto na região, mas o fato marcou a memória dos moradores.
São Francisco Xavier convive com uma paisagem natural privilegiada, com declives e grandes altitudes, e é considerada Área de Proteção Ambiental Federal por fazer parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
O tropel das mulas, milhares de mulas, forjou os caminhos para Minas Gerais, que passavam pelo pequeno pouso ao pé da Serra da Mantiqueira. Tropeiros solitários, viajando com sol ou chuva pra cumprir o compromisso comercial de levar e trazer mercadorias.
Ainda encontramos pelas ruas, pela zona rural e, em encontros animados, os resquícios desse tempo. São pessoas simples que insistem em viver o que é natural e que existiu a vida inteira, aprendendo com a sabedoria de seus ancestrais.
Em meio a essas lembranças, novos aventureiros aportam na pequena vila, que se tornou novamente um ponto dos adoradores da natureza e da fauna.
São os amantes das meditações transcendentais orientais, florais ou simplesmente adoradores da natureza. Essa gama de novos aventureiros, ao mesmo tempo que pode ser um contraste com os costumes antigos, guardam na essência os mesmos princípios dos tropeiros: viver em harmonia com a natureza e a vida simples.
Muitas das trilhas das viagens tropeiras ainda estão pela Serra da Mantiqueira, tornando- se o objeto de lazer dos andarilhos,
das viagens tropeiras às viagens terapêuticas esportistas radicais, amantes das cavalgadas que, na realidade, são os tropeiros do século XXI. E quem tem sorte pode ver o Muriqui, o primata que se tornou símbolo do lugar.
A música de qualidade tomou conta do distrito nos últimos anos. Com a chegada de turistas, notadamente de São Paulo, algumas
casas noturnas se especializaram em apresentações de músicos dos mais variados temas. Alguns desses músicos são do local ou gente que veio buscar a paz e os fluídos para a criação.
Braz da Viola achou seu canto pra fabricar suas violas e também ensaiar para suas apresentações com a Orquestra de Viola por todo o Brasil. Gilson Bambuira e Ellê fizeram seu cantinho na serra, onde vivem, ensaiam e preparam seus instrumentos de percussão,
principalmente de bambu.
O violeiro Célio França também arrumou seu rancho, onde aprendeu a tocar viola e a fabricar violas, violões e bandolins, atualmente,
reconhecidos em toda a região.
Mas o violeiro e poeta caipira mais enraizado é, sem dúvida alguma, o Joaquim Inácio, mais conhecido por Quinzinho da Viola. Nasceu em Caçapava, mas há 25 anos reside na Serra da Mantiqueira. Diz que não quer outra vida, pois dali tira suas inspirações.
O músico e pesquisador Nisargan ficou encantado com um instrumento australiano de nome estranho: Didgeridoo. Trouxe um da Índia e resolveu fazer um de bambu. Deu tão certo, que já está sendo considerado um instrumento que consegue superar os originais. Além de se apresentar com o instrumento, Nisargan exporta sua obra para vários países. Seu novo projeto é a “gota” construída em seu sítio e no centro de São Francisco, onde se apresenta nos finais de semana.
O Distrito tem ainda Grupo de Catira e a tradicional Dança de São Gonçalo, cujas apresentações acontecem na zona rural, sem data específica.