Localização: Situa-se na Serra do Mar, entre Taubaté e Ubatuba.
Hidrografia: Rio Paraibuna, Rio Paraitinga
Extensão territorial: 617,1 km²
Altitude: 740 metros
Habitantes: 10.393
Limites: Ubatuba, Taubaté, Lagoinha, Cunha, Natividade da Serra e Redenção da Serra
Distâncias:
São Paulo - 172 km
Rio de Janeiro - 325 km
Taubaté - 44 km
Ubatuba - 31 km
Clima: Temperado com inverno seco
Em maio de 1769, o Governador de São Paulo, Morgado Mateus, aprovou a criação de 30 novos povoados e, entre eles, São Luís e Santo Antônio do Paraitinga, tendo como padroeira Nossa Senhora dos Prazeres. O nome foi mudado mais tarde, quando o padroeiro passou a ser São Luiz, Bispo de Tolosa. A palavra Paraitinga, incorporada ao nome da cidade, é de origem Tupi-Guarani e significa "rio de águas claras".
A povoação foi elevada à Vila em 1773. A Vila progrediu, dedicando-se às culturas de milho, feijão e mandioca; época em que ficou conhecida como celeiro do Vale do Paraíba, pois as demais localidades, voltadas para a agricultura, davam prioridade ao café.
Quando o café entrou em declínio, São Luiz perdeu sua posição de "celeiro" e a atividade de cultivar cereais foi substituída pela pecuária. Chegou à categoria de cidade em junho de 1873 e obteve a denominação de "Imperial Cidade de São Luiz do Paraitinga". Em julho de 2002, passou a ser Estância Turística.
Oswaldo Cruz é um dos filhos mais ilustres da pequena São Luiz do Paraitinga. A casa em que ele nasceu foi transformada em museu. Outra personalidade que se destaca é o compositor Elpídio dos Santos, cujas músicas foram muito utilizadas pelo cineasta Mazzaroppi.
Talvez isso seja uma pista do porque a música correr nas veias dos moradores de São Luiz do Paraitinga, hoje famosa por seus carnavais de marchinhas.
Mas não se engane. O profano e o divino convivem em harmonia nas ruas dessa festeira cidade com forte religiosidade católica. Por isso seus moradores se dedicam tanto à preservação de tradições como a Festa do Divino, quanto aos grupos de moçambique, jongo e congada.
Para visitar São Luiz do Paraitinga é preciso estar preparado para encontrar em cada esquina um pedaço da nossa história, tão recente, tão dilapidada, mas ainda assim resguardada em locais que conseguiram provar que é possível parar no tempo as coisas boas.
O patrimônio histórico de São Luiz sofreu um baque no primeiro dia de 2010. Dezenas de casarões centenários, incluindo as igrejas matriz e Nossa Senhora das Mercês, ruíram completamente. Outras dezenas ficaram comprometidas, necessitando de reparos.
Depois de acomodar a população em novas casas ou apoiando reformas, a salvação dos prédios chegou no final de 2010. Finalmente o IPHAN - Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou o que restou da cidade, incluindo seu entorno, transformando tudo em patrimônio histórico nacional. Com isso, facilitou a liberação de recursos necessários à reconstrução, incluindo a construção das duas igrejas e também alguns prédios.
No dia primeiro de janeiro de 2010, a população de São Luiz acordou assustada. A água do Rio Paraitinga estava subindo assustadoramente.
Em dois dias, ela levou grande parte do patrimônio histórico da cidade, como a Igreja Matriz e a Capela das Mercês. Ao que tudo indica, as autoridades estão cumprindo as promessas de reconstrução. Ao andar pelo centro da cidade, pode-se observar obras por todo o lado, mostrando que o povo não esmoreceu.
No presente, as obras resgatando o passado e dezenas de construções do período do café ainda mostram suas belezas. No entorno da Praça Oswaldo Cruz, diversos sobrados estão conservados e outros em restauração.
O centro histórico da cidade tem vários prédios tombados pelo Condephaat, por ser o maior conjunto em estilo colonial do estado de São Paulo. Destaque para o prédio da Prefeitura, a Capela das Mercês e a Casa Oswaldo Cruz.
Igreja Nossa Senhora do Rosário - O estilo gótico que o prédio ostenta foi dado na reconstrução, entre 1915 e 1921. Originalmente era em estilo barroco, sendo construída no início do século XIX. Possui ainda paredes de taipa com alicerce de pedras. Na lateral ainda existe um cemitério onde estão enterrados membros de famílias tradicionais da cidade.
Mercado Municipal - Prédio datado de 1902. Sua arquitetura é em quadrado, com arcadas internas e espaço descoberto onde os sertanejos comparecem para vender seus produtos. Várias bancas servem o tradicional fogado e o pastel de angu. Recentemente restaurado, sedia ainda shows de música e eventos culturais. Todos os sábados acontece ali a Feira do Produtor Rural, com a presença de cerca de 15 produtores vendendo legumes, verduras e doces caseiros.
Rua da Floresta - Preserva ainda o sistema de calçamento em pedras, o único material disponível, antigamente, para melhorar as ruas.
Foi na noite de ano novo de 2010 que tudo aconteceu. As águas do Rio Paraitinga subiam tanto que chegaram a cobrir o coreto da Praça. Uma conjunção de fatores provocou a tragédia, felizmente sem perda de vidas humanas. O Rio Paraitinga subiu quase 12 metros acima do seu nível normal. Choveu 187mm na bacia a montante do trecho que corta a cidade.
Dos 426 imóveis tombados pelo patrimônio histórico existentes no centro urbano, 18 foram arruinados e 65 seriamente afetados.
Passado os primeiros dias do impacto, a população começou a se movimentar no sentido de recuperar a cidade. Todos caminharam para o trabalho de fazer a cidade voltar ao ânimo e alegria que sempre teve, com suas festas populares religiosas e culturais. De outro lado, os poderes públicos municipais e federais intensificaram o apoio. O processo de tombamento que já corria nas esferas federais, foi agilizado e a cidade tombada oficialmente.
Aos poucos os recursos e técnicos foram chegando à cidade e os trabalhos começaram lentamente. Atualmente alguns prédios já foram restaurados, quer pelo poder público ou pelos proprietários. Casas populares foram erguidas para abrigar os mais carentes, e financiamentos agilizados para reformas de casas que não eram patrimônio.
A Igreja das Mercês foi reerguida no mesmo local e a Igreja Matriz está em obras, prevendo-se seu término ainda neste ano, recuperando assim o maior símbolo dos moradores.
O mercado tradicional foi um dos primeiros a ser recuperado. Em seu interior voltaram a funcionar as bancas tradicionais de artesanato, frutas, café, comida e carnes. No sábado, o movimento aumenta com a presença dos pequenos produtores rurais . Eles oferecem verduras, legumes, mel, queijos, doces e até mesmo a batata-doce já assada.
Antes da chegada do café, várias fazendas do local já produziam cana, feijão, milho e fumo. Com a chegada do café, essas propriedades foram melhoradas e grandes casas suntuosas foram surgindo. Várias delas ainda permanecem em pé em busca de um destino de uso. Somente a Fazenda São Luiz é aberta ao público. As outras só são observadas da estrada.
Fazenda Palmeiras - Foi edificada em meados do século XIX, com sua arquitetura original permanecendo até hoje. Restam ainda muros de pedras e um oratório dedicado a São José. Em 1872, D. Pedro II pernoitou no local, quando foi outorgar o título de “Barão do Parahytinga” para o proprietário, tenente Coronel Manoel Jacinto Domingues de Castro.
Fazenda Pinheirinho - Construída no início do século XIX, com o nome de Fazenda Catuçaba, anterior à chegada do café. Atualmente está fechada.
Fazenda do Chapéu - Prédio com porão e alpendre com escadas na frente. Não se tem muita informação a respeito de sua construção, que pode ter sido do início do século XIX. Foi reformada recentemente. Fica próximo ao Bairro de Catuçaba.
Fazenda da Fábrica - Construção de meados do século XIX. Depois da decadência do café, funcionou como fábrica de tecidos, a primeira no gênero em São Paulo. Está conservada em sua arquitetura, decoração e muro de taipa. Fica na Rodovia Oswaldo Cruz, a 8km da cidade.
Fazenda Rio Claro - Construída por volta de 1880, destacou-se mais pela cultura de milho, feijão e algodão. Foi importante produtora
de leite no século XX. Fica na estrada para Catuçaba.
Fazenda da Catuçaba - É a antiga Fazenda da Pinga, e atualmente está instalado um hotel fazenda. Construída no final do século XIX, mantém ainda sua estrutura original e foi reformada recentemente. Fica no Bairro do Pinga, próximo a Catuçaba
Um destaque diferente é a Fazenda São Luis, localizada no Bairro Mato Dentro. A construção difere um pouco das que funcionavam
com a lavoura do café. Segundo pesquisas realizadas no local, este prédio pode ser datado do século XVIII, bem antes do ciclo do café, quando era proprietário José Lopes Figueira. Depois dele, teve ainda como proprietários Vitoriano Lopes F. Toledo e Joaquim C. Toledo. Com a morte deste último proprietário a fazenda vai a leilão, passando por mais dois donos. Em 1940, a família Chiste adquire a propriedade e recentemente Claudia Chiste, uma das herdeiras, assumiu a área do prédio da fazenda.
Segundo pesquisas da atual proprietária, o local foi mesmo um pouso de tropas, pois por ali passava o antigo caminho para o Litoral
Norte. Em volta da fazenda tinha vários ranchos, e dentro da fazenda ainda existem os três quartos separados, que atendiam os donos das tropas ou tropeiros mais abastados.
Os quartos não tem janelas e as chaves trancavam por fora. Outra informação que leva às conclusões é que a fazenda fica a cerca de 25 km do Bairro Registro, em Taubaté, e a 25 km do Bairro de Catuçaba, em São Luiz. Esse era o tempo de uma jornada das tropas cargueiras, ou seja, 4 léguas.
Atualmente a fazenda está se tornando um museu com peças antigas, e tem dois aptos, 3 quartos de tropeiro, 1 quarto para grupos e uma casinha, atendendo cerca de 25 pessoas. Serve café da manhã e refeições sob encomenda.
As águas marcam grande presença na história da cidade, sendo um dos pontos turísticos de importância no ecossistema da bacia das Nascentes do Paraíba. Passam pelo município os rios Paraibuna e Paraitinga, além de vários ribeirões que nascem nas serras e correm para o Paraíba.
Fazer trilhas em meio à mata é uma opção. No Parque Estadual existem várias delas, que sempre são monitoradas. As visitas devem ser marcadas com antecedência no escritório do Parque. Com um veículo 4x4 é possível fazer um passeio por estradinhas rurais, que sempre dão acesso à boas aventuras, mas é bom se informar antes com quem conhece o lugar. Passeios a cavalo é outra opção. Algumas empresas e fazendas oferecem esse serviço.
As águas caudalosas do Rio Paraibuna colocam o município no roteiro obrigatório dos praticantes de rafting. Três empresas da cidade levam os aventureiros para a adrenalina na água, com todo o equipamento e segurança que esse esporte requer.
O trecho principal do rio fica no Parque Estadual da Serra do Mar, no Núcleo Santa Virgínia, e requer autorização antecipada para entrada. Outro percurso fica no município de Natividade da Serra. O Sítio três Cachoeiras recebe turistas nos finais de semana, possuindo um barzinho para lanches e bebidas. O proprietário, Seu Renô, é um dos mestres da Cavalhada.Estrada Catuçaba/Parque, km 8. Para quem gosta de cachoeira, o município oferece outras atrações, porém de difícil acesso.
A cada mês, São Luiz vive uma nova e diferente festança. E o detalhe é que são as festas mais autênticas possíveis, valorizando o tradicional. Aliás, o povo da cidade tem orgulho desse aspecto, procurando realizar as festas com esse sotaque. Diz-se, até mesmo, que São Luiz é o último reduto caipira do Estado de São Paulo. Em qualquer festança tem tradição, e olha que sua gente enfrentou muito preconceito, mas de alguns anos pra cá é cult ser caipira. Nem o carnaval escapou. A festa não é para o Rei Momo, mas para as lendas e tradições folclóricas da cidade, com seus bonecões e marchinhas satíricas.
A cidade ferve e as tradições enchem as ruas da cidade, não sobrando espaço pra mais nada. É o carnaval mais autêntico do interior do Estado, pois ali o reino é das marchinhas. Não se pode tocar outro ritmo importado, e até um Festival de Marchinhas é realizado um mês antes para que todos tenham novas músicas pra correr atrás dos blocos. Em 2012, foram inscritas 90 composições. O carnaval da cidade esteve durante muito tempo proibido por um padre. A partir de 1981, a festança voltou e aí a moçada começou a formatar a festa, baseando-se na cultura caipira.
Músicas novas foram surgindo, velhas recebendo novas roupagens e blocos adotando nomes como Juca Teles, Maria Gasolina, Pé na Cova, Bicho de Pé, Cruis Credo e Pai do Troço. Fazendo sucesso pelas ruas da cidade. Ao todo são 24 blocos oficiais, com programação de desfile, além dos que surgem na última hora formados por gente da cidade e turistas.
O município tem pouco mais de 10 mil habitantes, mas no carnaval a cidade recebe cerca de 70 mil turistas. Gente que vêm de todas as partes do País em busca da originalidade cultural.
Depois da catástrofe, a festa foi repensada pela população, mas nada de acabar. Procurou-se alternativas e, em 2011, veio timidamente. Em 2012, segundo a Secretaria de Turismo, achou-se o fio da meada e os foliões ganharam três festas. Foi construído uma área de festa junto à Estação Rodoviária, com palco coberto e banheiros. Assim os blocos maiores saiam da cidade e se dirigiam para esse lugar, onde ficavam a noite toda. Ao mesmo tempo, pequenos grupos se apresentavam no coreto da praça e os que apreciavam a cultura e exposições se concentravam no pátio do mercado.
Contam os pesquisadores locais que os bonecões João Paulino e Maria Angu foram criados na cidade, mas não se sabe a data precisa. Segundo Benito, folclorista, na virada do século XIX, já apareciam citados em jornais. Várias pessoas contam que existia um comerciante na cidade de nome Paulino que um dia resolveu fazer um boneco para espantar as crianças de perto das comidas da festa. Depois veio a Maria Angu, que, segundo pesquisadores da cidade, surgiu a partir de uma senhora de nome Maria, que vendia o pastel de angu. Os bonecões começaram a aparecer com mais frequência a partir das festas do Divino na década de 40.
Um dos mais tradicionais artesãos da cidade é o Benito. Há muitos anos ele faz os bonecões João Paulino e Maria Angu, dedicando-se ainda a organizar o Bloco do Juca Teles, que sai todo sábado de carnaval pelas ruas da cidade.
Talvez possa se dizer que São Luiz é a cidade mais musical do Vale do Paraíba. De tradição cultural caipira, tem em suas manifestações a presença marcante dos rítmos folclóricos, como catira, Folias de Reis e do Divino, danças de moçambique e congada.
Na música regional, destaca-se o Grupo Paranga, que durante muitos anos levou os ritmos da cidade, principalmente músicas de Elpídio dos Santos, do qual seus integrantes principais são filhos. Outros músicos da cidade seguem a mesma linha.
Os festivais são atrações obrigatórias. Em janeiro acontece o Festival de Marchinhas de Carnaval. Em junho tem o Festival de Música Junina, onde a moçada entra firme criando uma nova roupagem para os ritmos tradicionais.
No final do ano, acontece o Encontro de Folia de Reis, no qual grupos de várias cidades marcam presença.
Corais, como o Paroquial e, o mais recente, do Projeto Guri, dão o tom nos espetáculos de fim de ano.
Benedita Andrade, a D. Didié, uma mulher marcante na cidade. Ela tem vida dedicada à cultura local, principalmente a religiosa. É ela que, há mais de setenta anos, organiza as pastorinhas, a dança da fita, o Império do Divino e decora andores..
A Banda Musical resgata os antigos e bons dobrados e apresentam músicas atuais. A Famig, fundada em 1974, de fama nacional, tornou-se um patrimônio musical da cidade, atraindo cada vez mais os jovens. Grupos folclóricos, como congada e violeiros, ainda persistem na tradição, tornando-se objetos de pesquisa. A música clássica já conta com a Orquestra de Jovens, que executam desde músicas populares até os clássicos.
A casa caiu! Não. A casa se levantou com a criação de mais um centro cultural, morada centenária do casal Elpídio e D. Cinira e onde criou seus filhos, todos músicos. A casa virou o Insituto Elpídio dos Santos, onde é relembrada a memória do músico. E quem recebe a todos é a Vó Cinira, ainda encostada na janela, como sempre fazia. Vai ser difícil esquecer os solados de Elpídio e os bons papos de D. Cinira.
Elpídio dos Santos é um dos mais importantes músicos do Vale do Paraíba. Ele nasceu em 14 de janeiro de 1909 e, com 10 anos, entrou na Banda Santa Cecília, dirigida por seu pai, onde aprendeu a tocar todos os instrumentos de sopro. Em 1925, aprendeu a tocar violão, instrumento que se dedicou por toda a vida. Em 1929 conheceu Amácio Mazzaropi, tornando-se amigos a vida inteira, e compondo 25 canções para 19 filmes do artista.
Em 1931 compôs sua primeira música, e aí não parou mais, tendo mais de mil obras, a maioria ainda inédita.
Casau-se em 1953 com Cinira Pereira, que se tornou a grande guardiã de sua obra. Alguns de seus filhos lançara na década de 70 o Grupo Paranga. Elpídio faleceu em 1970, sendo enterrado na Igreja de N. S. do Rosário. Filhos e netos continuam com a obra musical.
A Festa do Divino é uma das mais importantes festas religiosas e folclóricas do município.
Sua tradição vai para mais de 200 anos, guardando até hoje os ritos antigos. A bandeira do Divino, como representatividade religiosa, é cultuada ainda por grande parte dos moradores. Todos os anos as famílias fazem suas promessas, preparam a bandeira e participam da trezena religiosa. A Folia do Divino, tradição da festa, percorre o município durante o ano todo, arrecadando prendas para o evento. O canto chorado dos foliões é sempre aguardado pelos moradores, principalmente na zona rural, onde a fé ainda é mais evidente.
Na cidade, o Império do Divino é sempre local de muita reza, visitação e pagamento de promessas. As festividades acontecem durante uma semana, com a chegada das bandeiras até o dia da festa, Dia de Pentecostes, quando a praça principal da cidade se enche de grupos folclóricos que vem prestar suas homenagens. Os grupos terminam sua apresentação com um cortejo até a Igreja de São Benedito, onde, a cada ano, é levantado um novo mastro do Divino. No final do dia, a tradicional Procissão do Divino percorre toda a cidade, fechando as festividades.
Festa do Divino, em São Luiz, tem que ter fogado.
Todos os anos, a tradição de mais de cem anos se repete, com os festeiros preparando o prato histórico. É verdade que por alguns anos ele foi suspenso, mas a força popular venceu e voltou a acontecer como era tradicionalmente.
Atualmente, como o número de visitantes é muito grande, o prato recebe recheio de macarrão, batata e até mandioca. Para o preparo são consumidos mais de 30 bois e uma tonelada de arroz, macarrão e batata. A comida é feita em vários panelões, onde um verdadeiro mutirão de cozinheiros faz a festa.
O prato é servido gratuitamente para todos até acabar. Outras festas religiosas do município também preservam a tradição, e os restaurantes da cidade tem o prato no cardápio, todos os dias.