Localização: No médio vale do Rio Paraíba, Estado de São Paulo, em plena bacia sedimentar terciária, a 6 Km do rio
Hidrografia: Rio Paraíba do Sul, Rio Una e Rio do Itaim
Extensão Territorial: 624,88 km²
Altitude: 580 m
Habitantes: 283.899
Limites: Tremembé, Campos do Jordão, São Luiz do Paraitinga, Ubatuba, Pindamonhangaba, Aparecida do Norte e Caçapava
Distâncias:
São Paulo - 120 km
Rio de Janeiro - 280 Km
Campos do Jordão - 44 km
São Luís do Paraitinga - 49 km
Ubatuba - 90 km
Aparecida - 50 km
Temperatura: entre 0,9°C e 37,8°C
Clima: Clima tropical com inverno seco
O primórdios da história de Taubaté começam em 1560, quando Men de Sá, Governador-Geral do Brasil, incumbiu Bras Cubas de organizar uma expedição para a exploração do interior da Colônia.
Em 1628, Jacques Félix, o fundador de Taubaté, recebeu as primeiras concessões oficiais de terras, na região compreendida entre Tremembé e Pindamonhangaba. Logo depois, em 20 de janeiro de1636, Jacques Félix recebeu uma provisão do Governador da Capitania de Itanhaém, Francisco da Rocha, com a incumbência de avançar pela região, na época denominada “Sertões dê Taubaté”, extensa área, que incluía todo o Vale do Paraíba.
Ouro - Em 1693, Antônio Rodrigues Arzão descobriu, oficialmente, as primeiras amostras de ouro no sertão de Casa da Casca (MG) e, em 1694, os bandeirantes Antônio Rodrigues Arzão e Antônio Torres, moradores em Taubaté , fundaram o povoado de Casa da Casca, origem da cidade de Caeté (MG).
Em 1695, cria-se em Taubaté uma das primeiras Casas de Fundição e Quintos do Ouro do Brasil, sendo provedor o bandeirante Carlos Pedroso da Silveira, morador em Taubaté.
Em 1697, arrecadou a quantia de 3 arrobas e 4 arretéis de ouro (ou 14,038 oitavas) o que corresponde a aproximadamente 50 quilos de ouro. Em 1699, Antônio Dias de Oliveira, bandeirante morador em Taubaté, encontrou ouro no ribeirão do Tripuí, dando início ao arraial que deu origem à vila de N. Sra do Pilar de Ouro Preto, posteriormente Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto (MG). Em 1711, André João Antonil descreveu o roteiro para as minas, a partir de Taubaté.
Em 1832, a cidade foi elevada à comarca e em 1833, passou a ser “Cabeça de Comarca”. Em 1842, por lei promulgada a 5 de fevereiro pelo Barão de Monte Alegre, governador da Província de São Paulo, Taubaté tornou-se cidade, sendo a primeira vila no Vale do Paraíba a conquistar esta condição. A 13 de junho de 1842, o Barão de Caxias chegou a Taubaté em missão de “pacificação”. Ainda nesse mesmo ano, a 17 de setembro, um violento incêndio destruiu grande parte do Convento de Santa Clara.
Em 1876, foi inaugurada a estação ferroviária, pertencente à Cia. de Estrada de Ferro São Paulo e Rio de Janeiro, que precedeu a Estrada de Ferro Central do Brasil (atual Rede Ferroviária Federal S/A). Em 4 de março de 1888, a Câmara Municipal declarou extinta a escravidão em Taubaté, libertando todos os 2.568 escravos do município, antecipando-se em mais de dois meses à Lei Áurea, sendo um dos poucos municípios brasileiros a fazer essa concessão. Em 16 de agosto de 1890, foi fundado o Núcleo Colonial Agrícola de Quiririm pra atender aos imigrantes italianos.
Em 4 de maio de 1891, tiveram início as atividades daquela que seria a indústria pioneira no Vale do Paraíba, a C.T. I. (Companhia Taubaté Industrial), com sua primeira diretoria organizada pelo empresário Félix Guisard.
Em 1900, a cidade produziu 600.588 arrobas de café, peso equivalente a 53.236.720,908 Kg, considerada a maior produção da região. Nesse mesmo ano, Taubaté era a cidade mais populosa da região, com 36.723 habitantes.
Em 1911, foi inaugurado o Mercado Novo (atual Mercado Municipal) no mesmo local onde, desde 1860, já existia o Mercado Velho.
A partir desta época, a cidade cresceu na industrialização com a chegada de mais indústrias, mas não esqueceu seu passado histórico e valores culturais que permanecem até hoje.
São vielas históricas, todo o centro da cidade, onde ainda imperam vários casarões e as históricas igrejas da matriz e do Pilar. Por essas ruas traçadas com planejamento, passaram grande parte da história regional, quer seja pelos viajantes que tinham o lugar como paragem obrigatória, como sua importância no ciclo do ouro e ainda os taubateanos que fundaram as dezenas de vilas mineiras. Durante anos, partiram de Taubaté esses bandeirantes e tropeiros, levando e trazendo cargas do chamado “Sertões de Taubaté”.
Hoje, apesar de perder sua hegemonia para outras cidades do Vale, a indústria e o comércio dão a mesma importância ao município. Ao mesmo tempo, a história, os costumes caipiras, religiososos e literários continuam vivos.
Marco Taubateano - Inaugurado em 30 de junho de 2000, o monumento homenageia os bandeirantes taubateanos. A obra é de autoria de José Demétrio da Silva e está localizada na rotatória de acesso para a Rodovia Oswaldo Cruz.
Teatro Metrópole - Inaugurado em 21 de junho de 1921, em diversos estilos arquitetônicos
do ecletismo - artnoveau e neoclassicismo, como Cine Teatro Polytheama e reinaugurado em 1939 como Cine Metrópole. O imóvel, considerado como documento arquitetônico da memória da cidade, passou a integrar o Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Hoje a casa de espetáculos tem capacidade para 565 lugares e é elogiada por diretores e artistas. Rua Duque de Caxias, 312 – Centro.
Torre do Relógio - Imóvel denominado “Edifício Félix Guisard”, situado na Praça Félix Guisard - Centro do Município de Taubaté.
Tombado pelo Decreto n° 6.303, de 10/01/1990. – Conhecido como Torre do Relógio, tem grande importância para a cidade por marcar o início da fase industrial do Município. O prédio é propriedade da UNITAU e é utilizado por departamentos da Prefeitura Municipal. É um marco de referencia. Pça. Félix Guisard, s/n.
Chaminé e os galpões contíguos - Situados na esquina da Avenida Nove de Julho e Rua Quatro de Março - Centro do Município de Taubaté. Tombado pelo Decreto nº 6.892, de 25/05/1992.
Monumento do Cristo Redentor - A imagem do Cristo Redentor, erguida no Loteamento no Alto de São Pedro, Município de Taubaté, foi inaugurada em 31 de março de 1956. Tombada pelo Decreto n° 9.729, de 16/09/2002. A Escultura possui 13 metros de altura e foi assentada sobre um pedestal de 8 metros, onde se localiza a Capela Nossa Senhora da Paz. Do local tem-se uma vista de boa parte da cidade.
Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho - Capela Central e as edificações consideradas mais modernas, mas que faziam parte intrínseca do antigo Colégio. Ficam anexos à sede da Prefeitura Municipal de Taubaté e estão atualmente em fase de restauro.
Palacete da Viscondessa de Tremembé - situado na Rua XV de Novembro, n° 996 - Centro do Município de Taubaté.
Residência Félix Guisard Filho - Situada na Av. Tiradentes, esquina com a Rua Benjamin Constant - Centro do Município de Taubaté.
Casa dos Oliveira Costa - Manoel José Siqueira de Mattos, rico fazendeiro de café, mandou construir, em 1854, a sua residência urbana, na antiga Rua Direita. Em 1923, foi adquirida por Pedro Luiz de Oliveira Costa.
Trata-se de um edifício de porte médio, térreo, construído em lote de esquina, no alinhamento, com paredes em taipa de pilão e em pau-a-pique. Na porta de acesso principal acha-se inscrita a data da sua construção. Avenida Visconde do Rio Branco, 516.
Pesquisas recentes comprovam que a primeira “Estrada do Ouro” passou por Lagoinha. A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Câmara Municipal de Taubaté e da UNITAU, que encontraram documentos comprovando um caminho que ia de Taubaté direto pra Cunha. Isso desde o final do século XVI, em 1596. A pesquisa comandada pela historiadora Lia Mariotto confirmou a existência do antigo caminho dos Guainazes, que ligava Paraty ao interior do Brasil, passando por Cunha, Lagoinha e Taubaté, e, depois, subindo pela Serra da Mantiqueira, via Garganta do Piracuama, e seguindo pelo Vale do Sapucaí, já em Minas Gerais.
Com os documentos comprobatórios apresentados pelos pesquisadores, denominou-se chamar este caminho de “Roteiro Esquecido” ou “Antigo Camimho do Ouro”
De outro lado, o historiador João Veloso, de Cunha, em seu recente livro “História de Cunha”, também comprova que o caminho antigo subia de Paraty para o Facão (Cunha), seguia pelo local chamado de Aparição e ali tomava o rumo da Serra da Catioca, indo passar perto da Cacheira Grande, em Lagoinha, e passando em Taubaté. Os dois historiadores não titubeiam em afirmar que este caminho pode ter sido o primeiro a servir ao transporte do ouro, pois o caminho que sempre foi citado pelos historiadores, só foi construído no início de 1700.
Em 8 de abril de 2000, o novo prédio do Museu Mazzaropi foi inaugurado em Taubaté, bem ao lado dos antigos estúdios PAM (Produções Amácio Mazzaropi), os maiores da América Latina nos anos 70. É espaço de 1.200m². Este novo prédio garante a continuidade do projeto criado em 1992, dedicado à pesquisa, preservação e divulgação da obra de Mazzaropi e da cultura popular brasileira.
Pensado para dar maior visibilidade ao grande acervo de fotos, filmes, áudios, publicações, objetos e equipamentos, o museu tem entre suas atrações um projetor original de 35mm que foi restaurado para exibir os filmes de Mazzaropi no auditório com capacidade para 350 pessoas. Uma estrutura pronta para divulgar filmes em película nos formatos de 35 mm (grandes cinemas), 16 mm (cineclubes) e super 8, além do moderno cinema digital. O novo museu é aberto para as visitas de escolas, com atores especialmente preparados para guiar e entreter o público. Abriga área de exposição, loja, lanchonete, foyer e estacionamento com entrada independente, já que fica no terreno do Hotel Fazenda Mazzaropi. Atualmente o instituto administra o museu Mazzaropi e a Fazenda Santa em Taubaté, onde Mazzaropi começou a produzir seus primeiros filmes, independentemente dos grandes estúdios. Além disso, controla os direitos de oito dos 32 filmes do grande ator, diretor e produtor brasileiro e busca parcerias para exposições itinerantes sobre cinema nacional.
Desde 1992 o Museu Mazzaropi dedica-se a preservar e divulgar a obra de Amácio Mazzaropi e, ao longo destes anos, tornou-se importante referência sobre o artista e o cinema nacional. Em 2000 foi criado o Instituto Mazzaropi, que passou a administrar o Museu, ampliando suas ações no campo da cultura, na área social e ambiental. De quarta a domingo das 9h às 12h30. Estrada Amácio Mazzaropi, 249. Tel. (12) 3634-3446 www.institutomazzaropi.com.br. www.museumazzaropi.com.br
História Revista - Pode parecer que todo mundo sabe a história do artista Mazzaropi, mas recentemente seu filho André Mazzaropi revelou o que ele chama de “a verdadeira história de mazzaropi”. Em seu trabalho, ele informa que o artista nasceu em 9 de abril de 1912, em São Paulo , onde passou a infância.
Amácio Mazzaropi nunca morou ou passou sua infância ou adolescência em Taubaté, Tremembé ou Pindamonhangaba, cidades as quais conta que viria a conhecer somente aos 23 anos de idade. Até os oito anos, morou no bairro de Santa Cecília, Barra Funda, depois, dos oito aos 13 anos, morou em uma das vilas operaria na Vila Maria Zélia, em São Paulo. Considerava-se feio, magrelo, mas já aos 15 anos sabia que tinha talento para falar, cantar, vivia representando algo que não sabia o que era; (ator) sem câmera.e com a família que o queria estudando em Sorocaba-SP, decide fugir para Curitiba-PR, onde morava seu tio Domingos Mazzaropi.
Um ano morando em Curitiba-PR trabalhando na loja do tio, Amácio conheceu Ferry, que ele chama de Silque, um faquir que trabalhava no GranCirco Norte Americano que passava por lá, empolgado com a possibilidade de se tornar artista; com ajuda de Ferry, falsifica sua certidão de nascimento e foge novamente, agora para São Paulo - Capital para trabalhar e viver em companhia de Ferry no Brás, onde se apresentarão durante 06 (seis) anos na rua ao lado da famosa Porteira do Brás, passagem de nível bem ao lado da hoje Estação Roosevelt em São Paulo.
Após sete anos, reecontra a família, e foi aí que Amácio Mazzaropi aos 23 anos de idade, viria a conhecer Taubaté-SP. Sua mãe Clara Ferreira Mazzaropi, o levou para conhecer seu tio João Ferreira, irmão de Clara Ferreira Mazzaropi, que morava num sitio em Tremembé-SP.
Quase um ano depois de estrear no Teatro Colombo, ele se apresenta pela primeira vez vestido de caipira, Jeca, como ele chamava, cantando cançonetas napolitanas e piadas lhe ensinadas por Genésio Arruda. Foi um sucesso. A partir de então, seguiu a carreira conhecida, trabalhando em teatro, rádios e televisão em São Paulo e Rio de Janeiro.
Amácio Mazzaropi nunca trabalhou em outra atividade sem que seja a de ator, artista, comediante ou cineasta; o registro existente em sua carteira de trabalho, dizendo-se tecelão, era por conta de um patrocínio conseguido por ele junto ao Dr. Felix Guisard, dono da CTI – Companhia Taubaté Industrial, era nos anos 40, início da nova lei trabalhista; e, como o patrocínio perdurou por mais de um ano, foi preciso fazer o registro. Isto me foi contado por ele.
No cinema fez 32 filmes, na Radio Tupi conheceu Abílio Pereira de Almeida, que foi quem o levou para o cinema, lhe convidou para fazer um filme, primeiro com Oscarito, que não deu certo, depois sozinho, na Companhia Vera Cruz em São Bernardo do Campo - SP. “Sai da Frente” foi seu primeiro filme, fez ao todo oito filmes como empregado, ou contratado como gostava de dizer. Vendo que todos ganhavam muito dinheiro e ele não, decidiu produzir seus próprios filmes.
Vendeu sua casa na Rua Paes de Araujo, 152, alugou equipamento da Cia Vera Cruz e criou a Pam Filmes – Produções Amácio Mazzaropi. Produziu 24 (vinte e quatro) filmes do Chofer de Praça a O Jeca e a Égua Milagrosa. Montou estúdio próprio, em Taubaté-SP. Primeiro na Fazenda da Santa e depois o Estúdio Novo, mais próximo da cidade, onde o transformou em Hotel, o Pam Filmes Hotel, hoje Hotel Fazenda Mazzaropi.
Muito bem cuidado até os dias de hoje, pertence à família Roman. Amácio Mazzaropi faleceu em 13 de Junho de 1981.
Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô, o Visconde de Tremembé. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital, em 1904. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Paraíba, no ano de 1907, de onde voltou em 1911, quando muda-se para Taubaté, para a fazenda Buquira, deixada como herança pelo seu avô. Publica em 1917 seu primeiro livro, “Urupês”, onde aparece pela primeira vez o personagem “Jeca Tatu”.Em 1921 publica “Narizinho Arrebitado”, livro de leitura para as escolas. A obra fez grande sucesso, o que levou o autor a prolongar as aventuras de seu personagem em outros livros, girando todos ao redor do “Sítio do Picapau Amarelo”. Depois disso, não parou de escrever, criando suas obras ou traduzindo livros de outros países. José Renato Monteiro Lobato morreu no dia 5 de julho de 1948 de problemas cardíacos.
O Museu Histórico e Pedagógico Monteiro Lobato. Construído entre 1860 e 1895, a sede da Chácara do Visconde localiza-se na área urbana de Taubaté. A propriedade pertenceu ao Visconde de Taubaté e nela nasceu o escritor José Bento Monteiro Lobato. A chácara manteve a sua função original e criou um verdadeiro horto com o plantio de inúmeros exemplares de madeiras de lei (ipê, pau-ferro, peroba, jacarandá, carvalho, caviúna) e de arvores frutíferas.
Com a morte do Visconde de Tremembé em 1911, a chácara – então com 20 alqueires – coube por herança à neta Judith Monteiro Lobato, que logo a vendeu, “leiloando os móveis e demais objetos da casa”. Algum tempo depois, foi adquirida pelo engenheiro Guilherme Winter. Em 1969 foi tombada pelo então Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, uma área de 7.000 metros quadrados incluindo a casa, a capela, o cruzeiro e uma jaqueira centenária; o ato vinculou-se à importância histórica e arquitetônica de que se reveste a propriedade.
Construída em taipa e estrutura de madeira com painéis de pau-a-pique. Originalmente a casa possuía entre seis a oito cômodos, e constituía “exemplar típico das chácaras” que envolviam as chamadas “cidades do café” no século passado.
O espaço total do museu é composto pela área externa, que se constitui de uns espaços ajardinados e muito arborizados e brinquedos. Ainda na área externa estão distribuídas várias esculturas dos personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo.Na casa em taipa de pilão, o museu ocupa um espaço de nove cômodos em que estão distribuídos o acervo. Em uma das salas há uma exposição com painéis que apresentam a cronologia da vida de Monteiro Lobato. Um outro espaço muito visitado é a Biblioteca, que conta com uma série de livros do autor e de outros autores.
Há também uma exposição com móveis, objetos e as primeiras edições de todos os livros escritos por Monteiro Lobato. De terça a domingo das 9h às 17h. Av. Monteiro Lobato, s/nº.
Entrar pelo Mercadão de Taubaté é como se estivéssemos entrando em um labirinto comercial do tempo antigo. São tantas as barracas que tem hora que não se sabe se está na frente ou atrás da barraca. Os vendedores tem que atender dos dois lados. Ninguém sabe dizer, mas pode chegar a mil barracas. Umas são fixas a semana toda e outras funcionam apenas no sábado e domingo. É quando aparecem os produtores rurais, com legumes, ervas, verduras e, principalmente, doces caseiros. São várias doceiras e doceiros, mas tem que andar e procurar pelas vielas.
Um doce comum em Taubaté é o canudinho recheado com leite ou com cocada. Antigamente os doceiros andavam pela rua com tabuleiros, oferecendo essa delícia.
Dentro do mercado, além de toda variedade de produtos, tem os famosos pastéis, com várias bancas. Cada uma com sua fama própria nos recheios, mas todas servindo com café ou o tradicional refresco de laranja.
Barganha - No domingo a avenida em frente se enche de bugigangas, com a realização da mais tradicional feira de barganha do Vale. É verdade que as barganhas ficaram nas lendas e histórias do lugar, pois atualmente são quais tudo vendas de equipamentos e objetos usados e até novos.
História - Depois de o local ser sempre o ponto de encontro dos tropeiros e viajantes, finalmente em 10 de novembro de 1889, cinco dias antes da “Proclamação da República”, o jornal “O Noticiarista” publica orgulhosamente a notícia da inauguração do Mercado Municipal de Taubaté. Assim ficou por um século e, em 1993, ganhou uma reforma e a cobertura que está lá. O Mercado Municipal de Taubaté hoje é algo a ser apreciado tanto por dentro como por fora, e para quem conhece a sua história, o seu valor cresce ainda mais, pois reconhece nele a trajetória histórica urbana cultural do povo taubateano em toda a sua riqueza.
A cultura popular é parte importante em Taubaté. Como a cidade é formada por muita gente de pequenas cidades da região do Vale e também de Minas Gerais, muitos grupos folclóricos são ativos nas festas populares. Terra de violeiros famosos como Anacleto Rosas e Renato Teixeira, tem dezenas de duplas que ainda entoam as músicas caipiras. Em agosto, a cidade se enche de cultura com a realização da Festa do Folclore, que acontece na Rua Imaculada.
A programação chega a durar 10 dias, com apresentações dos grupos folclóricos e artistas regionais. Mas o que mais se destaca na cidade são as figureiras da Imaculada, tradição centenária que antigamente era composta por figuras de barros destinados a enfeitar presépios. Atualmente este nicho cresceu e até um centro de figureiros foi criado. Participam do grupo cerca de 30 pessoas que elaboram as figuras das mais simples ao famoso pavão, que virou marca do folclore paulista.
A Casa tem uma área para exposição e vendas e uma sala reservada para a oficina, onde os figureiros comparecem pra fazer seus trabalhos e também ensinar a arte aos interessados.
Irmãs – São famosas as três irmãs que deram início a esta atividade; Angela, Luiza e Edite (já falecida). As duas continuam modelando o barro com toda a paciência, aceitando somente encomendas. Atualmente seus sobrinhos Eduardo e Meire entraram na arte e coordenam as obras e as vendas em outros locais. Eduardo tem até um Ponto de Cultura, que faz aulas práticas de figuras nas escolas municipais durante o ano todo. Em suas mãos, esses artistas do barro transformam tudo em arte, poesia e religiosidade.