Esta matéria foi escrita por João Rural na Revista Nascentes nº 1 Outubro de 2000
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A Praça da Matriz e a famosa Rua do Meio foram cenários importantes da história da cidade. Desde as tradicionais festas religiosas, passando pelo romantismo dos primeiros namoros, até os movimentos políticos.
Surgiu com os casebres de pau-a-pique, transformou-se com o ciclo do café, com a construção dos casarões e modernizou-se no final do século, com a construção do calçadão, que dinamizou a região. A pracinha para a felicidade dos saudosistas foi totalmente reconstruída, como a que existia no começo do século. Duas iniciativas dos prefeitos Zélio Machado e Luiz Gonzaga, que com certeza ficarão para a história da cidade.
Um dos paraibunenses que viveu bastante esta região da cidade foi Benedicto Siqueira e Silva, o Seu Siqueira. Era farmacêutico, professor e Mestre Capela. Por isso tinha o costume de admirar a cidade do alto da torre da igreja Matriz, quando ia tocar o sino, uma para cada ocasião, e diversos poemas e desenhos, incluindo este que publicamos.
Velha Torre
Naquela torra de mel a partida
Que o vento varre e o temporal escava
Eu subia numa veloz corrida
Pela manhã que apenas despontava
Como era linda a terra adormecida
E a gente, que desperta, caminhava
Entre farrapos de névoa envolvida
Para as preces do dia que raiava
Quando eu subia, ao despontar do dia
Tocar os sinos na manha nascente
Um pensamento sempre me afligia
De não poder subir como eu subia
Na velha torre e ver a mesma gente
Para sentir aquilo que eu sentia